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Healthtech Mevo amplia portfólio e prepara nova rodada

Startup avança investimentos em tecnologia para evoluir e criar soluções que tornem a marca ainda mais robusta

Mevo
Mevo (Foto: Canva)

A Mevo, healthtech que oferece soluções de receita médica digital e compra de medicamentos online, tem perspectivas otimistas para 2024. Impulsionada pelo investimento contínuo em tecnologia e pela recente expansão do portfólio de serviços, além de uma potencial rodada de investimento a ser concluída nos próximos meses, a companhia projeta dobrar o seu faturamento até o fim do ano, em comparação com os resultados de 2023.

“O mercado, principalmente de venture capital, teve um último ano difícil. Mas a Mevo registrou bastante crescimento”, afirma Cesar Giannotti, COO da Mevo, em conversa com o Startups. O executivo revela que a companhia atingiu a marca de mais de 140 contratos fechados com instituições de saúde, que juntos ultrapassam mais de 650 CNPJs como clientes e geradores de prescrições digitais.

“Em 2022, a Mevo teve um ano forte comercialmente, com muita aquisição de contratos. Já 2023 foi um ano de implantação e materialização desses projetos, levando a transformação digital para grandes redes hospitais como Kora Saúde, Rede D’Or e São Camilo. Nesse processo, a Mevo também cresceu em termos de geração de novas prescrições digitais. Temos um crescimento consistente quarter pós quarter, completando a esteira ao longo da jornada, da aquisição de contrato à transição dos hospitais para o digital”, conta o executivo.

Fundada em 2017, a Mevo (ex-Nexodata) nasceu com a proposta de facilitar a vida de médicos e pacientes por meio da solução de receita médica eletrônica. Ao longo dos anos, a companhia ampliou o portfólio ao lançar uma plataforma para compra online de medicamentos de farmácias por todo o país e, desde então, segue investindo em tecnologia para evoluir e criar soluções que tornem a marca ainda mais robusta.

Mevo, Cesar Giannotti
Cesar Giannotti, COO da Mevo (Foto: Divulgação)

Expansão do portfólio

“Quando a gente coloca o paciente no centro e passa a ouvir o cliente, novas oportunidades surgem. É claro que olhamos para o crescimento da receita e do faturamento, mas o mais importante é viabilizar tecnologias de forma acessível e sustentável ao longo da cadeia. Depois de quatro anos olhando para a jornada de prescrição, começamos a entender que havia outras dores próximas ao que já fazíamos, com potencial para endereçar a jornada como um todo”, conta Cesar.

Foi quando a Mevo entrou na parte de digitalização do pedido de exame, emissão de atestados e encaminhamento do paciente. A startup, que antes concentrava um portfólio de produtos B2B, também lançou recentemente uma plataforma para o médico como pessoa física, para que ele conseguisse acessar os serviços da Mevo de forma individual, sem a necessidade de relacionamento com uma das instituições parceiras. No ano passado, a healthtech incluiu os dentistas em sua estratégia de geração de valor, permitindo que profissionais do setor odontológico utilizassem o app para prescrição de receitas, exames, atestados e outros documentos médicos.

Além disso, a healthtech lançou um data lake que reúne todas as suas informações de prescrição digital. “Esses dados são muito importantes para a conduta e o histórico clínico do paciente, e podem trazer informações relevantes para que o médico faça uma classificação de risco, evite complicações no tratamento e tome decisões mais assertivas ao longo da jornada”, explica o COO. Essas informações, destaca o executivo, têm uma geração de valor não apenas qualitativa e assistencial, mas também econômica, possibilitando a redução de riscos e economia financeira.

“A Mevo começou com a parte de prescrição de medicamentos e evoluiu com bastante inovação. A plataforma cresceu, embarcamos bastante em tecnologia e hoje fazemos toda a parte de interação medicamentosa, além do suporte da decisão clínica. Seguimos investindo e aperfeiçoando com tecnologias que tragam maior facilidade para o médico e expandindo o portfólio de soluções”, pontua Cesar.

Foco na expansão

Para 2024, a prioridade da Mevo é avançar com aquisição de novos contratos e fazer a implantação daqueles já adquiridos no último ano. Além disso, a startup quer seguir aprimorando a experiência dos pacientes na jornada como um todo. “Vamos continuar com a geração e digitalização das prescrições e, na outra ponta, ajudar cada vez mais o paciente com a adesão medicamentosa, seja com a plataforma de compra de medicamentos de forma digital ou melhorando a experiência nas redes de farmácia”, afirma Cesar.

Para colocar todos esses planos em prática, a Mevo pretende fazer uma nova rodada de captação, a ser concluída ainda em 2024. O último aporte da startup ocorreu em julho de 2022, com um cheque de R$ 45 milhões descrito como “pré-série B”, liderado pela Floating Capital com a participação de Jeff Keswin (Lyrical Partners), família Fribourg, Hospital Albert Einstein, FIR Capital e família Martins. Sete meses depois, a healthtech dispensou 15% do seu quadro de 100 colaboradores – ou seja, 15 pessoas, devido aos desafios do contexto macroeconômico.

Na teoria, a próxima rodada seria uma série B. No entanto, segundo o COO, a Mevo ainda está avaliando qual será o tamanho do cheque. “O mercado de venture capital está em um momento bastante seletivo e conservador. Ainda não temos clareza se vamos chamar uma rodada série B, mas devemos fazer uma captação ao longo de 2024, que será bastante estratégica, com foco em continuar a aquisição e implantação de contratos e expansão do portfólio tecnológico, além da expansão do e-commerce para outras regiões”, diz Cesar.

Apesar de não revelar números específicos, Cesar diz que, com esses avanços, a projeção é dobrar o negócio tanto em faturamento quanto em volume de prescrições. “Entramos em 2024 dedicados a escalar a prescrição digital. Dobrando esse volume, também buscamos dobrar o faturamento. O ano de 2024 será especial para que a Mevo continue crescendo e levando inovação, escalando com os nossos parceiros”, conclui o executivo.