Na era do “as a Service”, a Chiefs.Group tem conquistado espaço ajudando empresas a encontrarem os executivos ideais para seus negócios. É o “Talent as a Service”, diz Luciana Carvalho, CEO da startup, que comemora um crescimento de 800% na receita em 2023, na comparação com o ano anterior. Para o primeiro semestre deste ano, a empresa estima crescer 80% com o serviço de C-Levels on demand.
Fundada em 2020, a Chiefs.Group funciona como uma espécie de marketplace de executivos com alto nível de senioridade e aptos para ocuparem cargos de C-Level. O modelo de contratação, porém, é diferente. Por meio da plataforma, as empresas podem contratar esses profissionais por projetos específicos ou durante um período, com carga horária reduzida, até encontrarem um executivo para ocupar o cargo de forma definitiva, por exemplo.
“Já aconteceu de uma empresa acabar contratando esse profissional no final do contrato, o que é um ótimo sinal, e me mostra que acertamos na escolha do executivo”, afirma Luciana.
Mas a ideia é que o executivo preste um serviço sob demanda e duração mais curta, o que gera também economia para as empresas, que não precisam contratar um profissional full time. Os talentos cadastrados na plataforma podem, inclusive, ocupar cargos de C-Levels em empresas diferentes ao mesmo tempo, respeitando alguns critérios. O contrato inclui cláusulas sobre privacidade de dados e não competição.
Recentemente, a Chiefs.Group passou por uma mudança no perfil dos clientes atendidos. “Na primeira onda, a gente era muito focado em startups, no modelo de pagamento por equity. Hoje, o foco maior é em empresas com mais de 50 funcionários e que estão entre as séries A e B. Também há uma demanda por empresas que querem alguém para auxiliar nos processos de desenvolvimento e transformação digital”, conta.
De acordo com a Chiefs.Group, os cargos mais buscados para trabalho part time são os de CFO (20%), CHRO (15%) e CMO (11%). Com relação ao porte das empresas, 56% são startups, 32% médias empresas e 12% grandes. A HRtech conta hoje com 1.200 profissionais cadastrados em sua base.
“Essas áreas são normalmente vistas como back office, áreas de suporte, mas chega um momento, quando as empresas atingem um determinado estágio, que o time fundador percebe que as suas habilidades não são mais suficientes para o crescimento da companhia, é preciso trazer alguém com mais expertise. Os fundadores normalmente são da área de negócios. Nossa proposta de valor é entregar executivos experts em sua área de atuação”, explica Luciana.