A Novidá, HRTech que utiliza IA e IoT para gerenciamento de equipes operacionais, decidiu repaginar seu propósito e se reposicionar no mercado, em linha com a maturação de seu crescimento nos últimos dois anos — em 2022, a receita da startup saltou 450% em relação ao ano anterior.
No mercado desde 2016, a startup sempre foi vista como um sistema de controle e automação de times operacionais em fábricas, construções, enfim, em qualquer ambiente onde seja crucial a supervisão operacional ativa das equipes. Agora, a Novidá assume um posicionamento de ser uma ferramenta de gestão que ajuda a cadeia como um todo, especialmente o operador.
Segundo o CEO da companhia, Fábio Rodrigues, a necessidade de fazer um reposicionamento de marca e produto se deu após a empresa ser acelerada pela 500 Startups, do Vale do Silício, em 2020, que lançou uma provocação sobre quem era o cliente final da Novidá.
“Entendemos que não éramos apenas uma ferramenta para digitalizar e medir o esforço e produtividade das pessoas na ponta, mas que o operador é um grande cliente nosso. A partir daí, pensamos em como levar mais inteligência e facilidade para o operador entregar mais, ser mais visto pela empresa e se sentir mais incluído na transformação digital”, conta Fábio em conversa com o Startups.
Notícias Relacionadas
Departamento pessoal
Tako quer ser o cérebro da gestão de pessoas das médias empresas
Fundada por Fernando Gadotti, ex-DogHero, Tako quer atender médias empresas na gestão em tarefas como folha, admissão, férias e desligamento
HRTech
Gupy pode adiar breakeven para focar em crescimento
Conhecida principalmente pela plataforma de recrutamento e seleção, a Gupy quer impulsionar seu crescimento na área de gestão de pessoas
Ele ressalta a importância de elevar e reconhecer o trabalho dos operadores, visto que pesquisas indicam que 65% das pessoas que trabalham no chão de fábrica deixam o emprego depois de 1 ano. Muito por conta do salário baixo e por não se sentirem valorizados ou olhados pela empresa.
Solução mais robusta
Ainda de acordo com Fábio, o sistema desenvolvido pela Novidá conta com indicadores muito mais interessantes para uma conversa entre gestor e operador. É possível medir o engajamento dos operadores de forma automática, riscos de turnover, comportamentos de risco, entre outros insights relevantes.
Para entender melhor como funciona na prática, a startup utiliza sensores fixos de IoT distribuídos pelo ambiente e dispositivos móveis de baixo custo que funcionam como pequenas estações de trabalho digital para os colaboradores. Esses sensores se comunicam e, por meio dos algoritmos, conseguem entender o comportamento e localização das pessoas. Assim, pela plataforma na nuvem da Novidá, o gestor consegue ter informações assertivas sobre o que acontece em seu negócio ao visualizar as rotas percorridas por cada funcionário, acompanhar os tempos de execução de cada tarefa, etc.
Com o reposicionamento, que ainda inclui mudança visual da marca e preço mais competitivo, a Novidá espera triplicar seu faturamento em 2023. A startup, que atualmente conta com oito clientes e monitora 1.500 trabalhadores em todo o Brasil, está começando a se estruturar para expandir o negócio em outros países da América Latina, o que deve ser acelerado em um futuro próximo com uma rodada seed.
