HRTech

Start Carreiras reposiciona marca com novos pilares de negócio

Após captar R$ 7M com Maya Capital e fundos gringos, HRTech amplia atuação para conectar estudantes, empresas e universidades

Fundadores da Start Carreiras: Gabriel Albuquerque, Alexandre Bernat e José André Nunes (Foto: Divulgação)
Fundadores da Start Carreiras: Gabriel Albuquerque, Alexandre Bernat e José André Nunes (Foto: Divulgação)

Há pouco mais de seis meses, a Start Carreiras anunciava a captação de R$ 7 milhões em um seed liderado pela Maya Capital com participação das gestoras norte-americanas Reach Capital e Graphene Ventures. De lá para cá, a companhia acelerou o seu desenvolvimento, ganhou maturidade e decidiu se reposicionar no mercado para consolidar sua atuação e transmitir uma imagem ainda mais dinâmica e tecnológica, agregando novos pilares e verticais de negócios.

Fundada em 2022 por José André Nunes, Alexandre Bernat e Gabriel Albuquerque (ex-alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA), a Start Carreiras nasceu para democratizar o acesso a oportunidades de emprego para jovens talentos e ajudá-los a iniciarem suas jornadas profissionais. “Criamos uma estrutura para ajudar os estudantes a tomar decisões de carreira e se conectar com o mercado”, explica José, em entrevista ao Startups. Inicialmente, o foco era exclusivo para os estudantes. Mas com o tempo os empreendedores viram a oportunidade de oferecer soluções também para empresas e, mais recentemente, para as instituições de ensino.

Embora a startup ainda olhe com muita atenção para os estudantes (e, inclusive, se posicione como uma plataforma student-first), os outros pilares vêm ganhando força. “A gente precisava diferenciar as unidades de negócio. Ter uma Start Carreiras para os alunos, outra para as empresas e mais uma para as instituições de ensino. Seguimos apoiando os estudantes, mas também fortalecendo esses outros lados da companhia”, explica José.

Com o rebranding, a HRTech passa a se posicionar como uma plataforma que conecta estudantes, universidades e empresas, facilitando a entrada de jovens talentos no mercado de trabalho. O objetivo é dialogar com os três principais públicos da marca, investindo em valores e posicionamentos distintos para cada tipo de stakeholder e alinhando-se aos ecossistemas que pretende transformar. Em termos de imagem, marketing e design, isso envolve abandonar a formalidade antiga e adotar uma paleta de cores que transmita confiança, credibilidade e positividade.

Atualmente, a Start Carreiras conta com mais de 120 mil estudantes cadastrados, 500 empresas recrutadoras – entre elas, Ambev, BTG e Stone – e 600 das instituições de ensino mais prestigiadas do país, como ITA, FGV, UFRJ, Mauá, Insper, entre outras. A plataforma conta com mais de 2 mil vagas personalizadas e com candidaturas simplificadas.

Ganha-ganha

Para as empresas, a startup permite divulgar vagas e acessar os melhores estudantes do país com filtros qualificados, e oferece uma plataforma com inteligência artificial e outras tecnologias para otimizar os processos de RH e fazer a gestão dos contratos de estágio de estudantes de qualquer universidade do país. Do lado das universidades, um acesso ao portal de carreiras com a possibilidade de destacar seus alunos para as melhores oportunidades e acompanhar as interações em tempo real, além de promover eventos e conteúdos de carreira e gerenciar os contratos de estágio e acompanhar as métricas de empregabilidade. E para o aluno, é claro, a oportunidade de encontrar vagas e oportunidades ideais para dar o start na sua carreira. 

Com o intuito de se aproximar das universidades, a Start Carreiras desenvolveu um modelo de revenue share. “A proposta é utilizar as instituições de ensino como um novo canal de venda. A gente entrega o software white-label para a universidade, e ela nos distribui para as empresas, que é onde monetizamos. Em contrapartida, repassamos parte da receita gerada para a instituição de ensino, dando a ela uma nova linha de receita em uma área que, normalmente, gera gastos. Todo mundo sai ganhando”, explica José. 

Segundo o executivo, a startup está expandindo a sua base de empresas parceiras, ampliando o eixo Rio-SP para agregar também companhias de todo o país. “É o momento de ganhar capilaridade, ampliando o acesso e os perfis de empresas parceiras para ganhar escala”, pontua. A expectativa é atender cada vez mais grandes grupos educacionais. “Vamos utilizar a parceria com as instituições de ensino para consolidar tanto o pilar dos estudantes quanto o das empresas”, destaca José.