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Inovação no café: 3corações lança hub para se aproximar de startups

Cafeína Hub é um espaço digital aberto pela empresa para acelerar seus esforços de transformação digital

Café
Café. Crédito: Canva

Aqui no Startups falamos bastante sobre os esforços das grandes empresas, em todos os segmentos, para incluir a inovação aberta em suas estratégias de negócio. Por isso que ficamos um tanto intrigados com o recente anúncio da 3corações, conhecida marca brasileira de café, que abriu o seu hub de inovação aberta – o Cafeína Hub. Afinal de contas, como que o ecossistema de startups pode inovar com café?

“Não é algo de agora. Temos uma relação antiga com a inovação aberta, sempre desenvolvendo projetos. O Cafeína Hub é uma forma de fazer isso de forma mais estruturada com as startups”, responde Massilon Bastos, head de Transformação Digital do Grupo 3corações, em entrevista ao Startups.

Segundo o executivo, o Cafeína Hub é um espaço digital aberto pela empresa para acelerar seus esforços de transformação digital, seja nos processos internos quanto em produtos e relacionamento com varejistas e consumidores.

No primeiro momento, o hub terá duas frentes de atuação: o Cafeína Open, voltado para o público externo, é o ambiente para que as startups apresentem seus projetos para a empresa; e o Cafeína Ideias, em que o próprio colaborador do Grupo 3corações poderá propor e colocar em teste melhorias na eficiência fabril, operação, processo produtivo etc.

Conforme explica Massilon, pelo Cafeína Open a empresa definiu desafios a serem enfrentados pela 3corações, abrindo espaço para startups sugerirem suas soluções. “Um exemplo destes desafios são para logtechs, com foco na melhoria de nossas entregas”, explica o executivo, apontando que a companhia tem uma estrutura própria de distribuição de seus produtos aos varejistas, diferentemente de outras marcas, que fazem isso por meio de canais.

“Temos uma estrutura super verticalizada, desde a coleta do grão até a entrega final do produto aos pontos de venda, então as possibilidades são imensas”, completa.

A primeira rodada do Open terá um foco maior em eficiência interna, mas a ideia da empresa futuramente ampliar isso para novos produtos e novos negócios. Segundo Massilon, tecnologias para fidelização do consumidor através de canais próprios, assim como serviços financeiros (por exemplo, crédito para parceiros), são oportunidades que a companhia pode “atacar” a médio prazo.

“Temos a oportunidade de relacionar com mais dados dos consumidores, nas máquinas em casa, mas também em food service, com máquiinas em restaurantes e conveniências. Hoje estas iniciativas estão mais dentro do nosso P&D, mas podem ser tratadas no hub”, explica.

A empresa não deu números de quantas empresas serão selecionadas neste primeiro momento do Cafeína Open, mas o plano é já ter startups escolhidas no começo de de 2023, a fim de criar sinergias entre os negócios e rodar as primeiras provas de conceito no primeiro semestre do ano.

Possíveis aquisições

Para Massilon, o plano inicial do Cafeína Hub ao se aproximar das startups é focar na inovação aberta, trazendo startups para desenvolver projetos de melhoria para a organização. Contudo, a companhia não descarta a possibilidade de possíveis aquisições. Inclusive, o grupo já possui um braço de investimentos, a Prumo.

A Prumo já fez alguns investimentos, como uma joint venture com a produtura de cafés premium Café do Moço. Ela investiu cerca de R$ 2,5 milhões por 50% da premiada marca curitibana, financiando a inauguração da nova fábrica da Café do Moço, assim como um novo galpão para a empresa.

No caso, esta aquisição foi mais voltada a produto, mas Massilon destaca que o hub tem olhar voltado a mapear oportunidades de investimento para a Prumo. “Nascemos com o objetivo de sustentar e alavancar este braço de investimentos da 3corações“, completa o executivo.