Inovação

Banco BV reúne iniciativas de inovação sob a bandeira do BVx

Unidade vai funcionar como o grupo de heróis Os Vingadores, com convocação de várias áreas do banco para diferentes "missões"

Ricardo Sanfelice e Jimmy Lui, do banco BV
Ricardo Sanfelice e Jimmy Lui, do banco BV

Nos últimos 6 anos, o banco BV tem sido um nome ativo no mercado de inovação brasileira. Seja criando novos produtos e serviços, participando de eventos, investindo em empresas, ou fornecendo infraestrutura tecnológica para fintechs, a instituição garantiu seu espaço no ecossistema.

Se valendo deste histórico, o banco decidiu reunir suas iniciativas sob uma bandeira única, o BVx. De acordo com Ricardo Sanfelice, diretor executivo de produtos, clientes e inovação, não se trata de uma nova unidade dentro do banco, mas um guarda-chuva que vai consolidar o que já tem sido feito e o que está por vir. “A gente acredita tanto no ecossistema, mas internamente funcionamos como área. A gora a gente replica esse conceito internamente e reforça nosso compromisso de longo prazo”, explica Ricardo.

Segundo ele, a ideia desse novo formato é fazer com que novos casos como o da Klavi se tornem realidade. A fintech começou a trabalhar com o banco em uma parceria comercial e depois evoluiu para ser uma das 12 investidas do fundo de corporate venture capital (CVC) do banco. Isso aconteceu porque, ao longo do relacionamento, diferentes áreas perceberam oportunidades e buscaram suas próprias agendas com a startup.

Com o BVx, o BV quer que a descoberta de novas oportunidades aconteça de forma mais coordenada entre as áreas. E antes que você pergunte, não, está previsto mais orçamento para fazer com que tudo isso aconteça.

Mandala com resumo das iniciativas que que agora estão sob o guarda-chuva do BVx

De acordo com Jimmy Lui, head de inovação do BV, haverá uma governança com encontros e alinhamentos, mas a ideia não é criar muitos processos, nem deixar as coisas muito rígidas – o que, na maioria dos casos, tem o efeito contrário do planejado e acaba sufocando a inovação. De acordo com ele, as conversas serão mais voltadas a convocações por projetos – como as participações no SXSW e no Web Summit, ou um possível novo aporte.

Em uma analogia bem nerd, o BVx vai funcionar como Os Vingadores, a equipe de heróis da Marvel que é convocada em situações específicas – também pode ser a Liga da Justiça se você curte mais o mundo DC Comics. A área de inovação será uma espécie de S.H.I.E.L.D. e Jimmy um Nick Fury, trabalhando nos bastidores para fazer tudo funcionar.

Hoje, cerca de 100 pessoas de diferentes áreas do BV estão envolvidas nos projetos de inovação do banco. “Estamos bem maduros e bem completos para atender mais gente do que já fazemos hoje. O momento é de expansão e de convidar mais parceiros”, diz o executivo.

Uma das prioridades do BV é a agenda ligada a ativos digitais. O banco foi uma das instituições selecionadas pelo Banco Central para participar do projeto piloto da versão digital do Real, o Drex (só eu achei esse nome horrível?). O projeto está sendo tocado em parceria com a startup Parfin. Além disso, o BV fechou um acordo com a parceria com a Liqi para transformação de recebíveis do banco em tokens, além de lançar uma ação com arte NFT, em parceria com a Betablocks, para doação de recursos ao Instituto Próxima Geração.