Inovação

Bruno Stefani deixa a AB InBev e sai em "carreira solo"

Ex-head de inovação da AB Inbev deixou liderança na multinacional para fomentar a inovação aberta no ecossistema

Bruno Stefani
Bruno Stefani. Crédito: Startups

Depois de 6 anos fazendo inovação na Ambev e em sua controladora, a AB InBev, Bruno Stefani decidiu sair em carreira solo e testar se a magia feita dentro da companhia se replica para outras companhias. “Nos últimos 3 ou 4 meses eu olhei e pensei: tem mais oportunidade para o que eu quero fazer fora da ambev do que dentro. Descentralizar as iniciativas que a gente fez lá dentro para outras empresas”, disse ele em conversa exclusiva com o Startups durante o ACE Summit na sexta-feira (12).

Segundo ele, mesmo algumas oportunidades já apareceram e ele já está trabalhando com empresas dos setores de óleo e gás, agronegócio e energia. “Olhando para o setor, vejo que a inovação corporativa está começando a acelerar. Todas as empresas precisam se reinventar de alguma forma, seja para quem está bem e precisa de reinventar, ou para quem está mal e não tem outra opção”, avalia.

Nessa nova fase Bruno não pretende montar uma consultoria, ou uma empresa para chamar de sua. A ideia é seguir de forma independente, trabalhando por projeto com outros nomes que já atuam no mercado. “É dificil dizer o que eu sou hoje. Não faço ideia do que eu sou. Mas também, nas últimas semana eu pensei: mas por que eu preciso ser alguma coisa? A única coisa que dá dificuldade é ‘você é o Bruno de onde?’. De lugar nenhum”, brincou.

Corporate venture capital

Em meio ao inverno do venture capital (vocês já deve estar cansado de ouvir isso, né? A gente também!), o Corporate Venture Capital se tornou um dos termos da moda. Empresas e gestores estão se aprofundando nessa tese para agitar o ecossistema – a ACE, por exemplo, lançou na sexta-feira a Outlier Capital. Entretanto, para o especialista em inovação Bruno Stefani, essa sigla pode não ser para todo mundo.

“Pensar em CVC só para ganhar dinheiro, é olhar só uma parte das opções de portfólio”, afirma Bruno. Segundo ele, o desafio das empresas é ver todas as opções possíveis de inovação aberta e executar de acordo com as necessidades e maturidade do negócio – até o hackathon tá valendo, desde que com o propósito certo.

Para saber mais sobre a visão de Bruno Stefani sobre a inovação aberta no mercado, sua trajetória na Ambev e seus planos futuros para o ecossistema, confira o papo completo (e exclusivo) em vídeo que tivemos com ele durante o ACE Summit.