Dando continuidade à sua estratégia de inovação aberta, a Nestlé anuncia suas mais recentes iniciativas para crescer e ao mesmo tempo impulsionar o ecossistema de startups, apoiadas em ações sustentáveis que contribuam para construir os sistemas alimentares do futuro.
Enquanto não prepara um fundo próprio de corporate venture capital (CVC), a companhia investe capital em outros fundos. No início deste mês, a Nestlé firmou uma parceria com a The Yield Lab Latam (TYLL), multinacional de venture capital, e será investidora do Sustainability Fund, que aplica em agtechs focadas em soluções de embalagem e infraestrutura de reciclagem.
Com o investimento de valor não revelado, a companhia avança em ações sustentáveis, como redução de emissões e aumento da biodiversidade. A Nestlé pretende ainda apoiar a agricultura regenerativa plantando 20 milhões de árvores anualmente pelos próximos 10 anos.
Já por meio de sua plataforma de inovação aberta Panela, que desde 2021 tem sido a ponte entre a empresa e o ecossistema de inovação, a companhia lança nesta terça (13) seu primeiro desafio do ano para startups – oportunidade para maior visibilidade e participação do processo de cocriação com a companhia.
“Hoje o Panela atua em 3 frentes: crescimento, eficiência e ESG. Nesta primeira onda de desafios vamos focar no pilar de crescimento. As startups selecionadas poderão sanar dores de áreas internas da Nestlé, ampliando a atuação de nossas marcas”, explica ao Startups Carolina Falcoski, head de inovação aberta da Nestlé. Segundo ela, mais 2 desafios devem rolar este ano.
Chamada de inovação aberta para startups
Nesta edição, as startups terão a oportunidade de se envolver em projetos de inovação focados em serviços e geração de receita para a Nestlé nas mais diversas áreas da companhia. Dentre os 4 desafios propostos estão a criação de um serviço Moça de apoio à empreendedores doceiros e a expansão de novos modelos de parcerias com incentivo ao esporte através da Liga Esportiva Nescau.
As startups selecionadas irão trabalhar em parceria com a Nestlé, desenvolvendo pilotos ou provas de conceito, que serão pagos e aplicados em ambiente comercial para verificar a aderência das soluções no mercado. No fim do programa, caso um projeto seja validado, as startups poderão ser contratadas como parceiras ou fornecedoras da companhia.
As inscrições podem ser feitas até o dia 2 de julho, pelo site oficial da chamada, onde também constam todos os detalhes dos desafios propostos. Os resultados da seleção serão divulgados no segundo semestre.
“A iniciativa proporciona visibilidade, possibilidade de ganho de escala e a vantagem de testar a solução em uma situação real de negócio. Acredito muito na inovação aberta. As melhores ideias e oportunidades surgem quando empresas abrem suas portas para colaborações externas, permitindo que o conhecimento, as habilidades e os recursos de parceiros estratégicos enriqueçam o processo de inovação”, afirma Carolina.
A Nestlé aposta cada vez mais em soluções criadas em conjunto com os parceiros. Recentemente, ela rodou um piloto com a Food to Save, onde criou uma sacolinha exclusiva com produtos Nestlé, uma baita porta de entrada para divulgação de suas marcas. Segundo Carolina, durante os 3 meses do projeto, foram salvas mais de 10 toneladas de alimentos, entre doações e vendas.
No Demoday que será realizado na próxima semana será decidido se a Nestlé implementa e escala o projeto da Food to Save. Desde 2016, o hub de inovação da companhia já mapeou 2.581 startups, se conectou com 445 delas, desenvolveu 194 projetos e implementou 60 projetos em escala.