Inovação

Sodexo On-site evolui open innovation com startups em novo programa

Projeto em parceria com a Acate é a 2ª iniciativa da companhia com startups no Brasil para trazer mais robustez aos seus processos

Foto: Divulgação
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A aproximação com o ecossistema de startups tem feito parte da estratégia de inovação de cada vez mais empresas de grande porte. Nesta lista, incluem aquelas com muitas décadas no mercado, como é o caso da francesa Sodexo. Sua subdivisão Sodexo On-site, por exemplo, que presta serviços corporativos integrados de alimentação, facilities, entre outros, firmou recentemente uma parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), para projetos com foco em inovação aberta. 

A empresa, com mais de 40 anos de atuação no Brasil e que inclusive se autodenomina como uma startup (vai entender), vai lançar para o mercado oito desafios provenientes de demandas internas ou de suas operações nos clientes. Por sua vez, a Acate selecionará, dentre as suas 1.500 startups associadas, as que tenham melhor aderência ao que está sendo proposto. Serão 10 meses de parceria, que teve início em janeiro e se encerra em outubro. O trabalho será feito por meio do programa LinkLab, da Acate, que conecta startups às empresas.

“A ideia é trabalhar a inovação aberta para ganharmos mais agilidade e desenvolver ainda mais a nossa capacidade de adaptabilidade aos mais variados cenários e realidades dos clientes e consumidores”, afirmou Flavio Hayashi, diretor de Digital e Inovação da Sodexo, em conversa com o Startups. Anteriormente, o executivo atuou por 9 anos na Leroy Merlin, onde foi responsável pelo programa de transformação digital da companhia.

Segundo ele, é uma relação ganha-ganha. Para a startup, fazer parte de um projeto como este permite evoluir suas soluções para diferentes aplicações e atender novos segmentos de mercado. Já para a Sodexo, é a oportunidade de ganhar eficiência operacional em seus processos, solucionando desafios enfrentados no dia a dia da empresa e de seus clientes — são quase 800 no Brasil, incluindo mineradoras, bancos, hospitais, escolas, dentre outros.

Os ciclos de inovações do programa em parceria com a Acate serão lançados nos próximos meses e as startups interessadas em participar dos desafios propostos pela Sodexo podem se inscrever por este site.

Flavio Hayashi, diretor de Digital e Inovação da Sodexo (Foto: Divulgação)

Aproximação com startups

Esta é a segunda iniciativa da Sodexo On-site com startups no país. Em 2019, chegou ao Brasil o Sodexo Accelerator, programa global de aceleração de startups criado pela companhia em 2015. Realizado em parceria com a Liga Ventures, o programa teve duas edições, ambas com o objetivo principal de fazer conexões entre as startups participantes e as áreas de negócio da Sodexo On-site Brasil. 

Foram mais de 500 inscrições para ambas as edições. Em 2019, sete startups foram selecionadas para participar do programa, que naquela edição teve foco em soluções para o segmento de alimentação. Em 2022, a empresa buscou startups com soluções relacionadas a facilities e, ao final, a CUBi Energia e Field Control cocriaram junto à Sodexo projetos com foco na eficiência e entrega de valor para algumas unidades da companhia.

“As startups nos ajudam com soluções que atendem toda a jornada de experiência do consumidor. Queremos utilizar cada vez mais dados e tecnologia para levar uma experiência diferenciada aos usuários”, salientou Flávio, acrescentando que o Brasil é um dos mercados mais importantes para a Sodexo (depois dos EUA, França e Reino Unido). São 1,5 milhão de consumidores brasileiros atendidos diariamente.

Inovação de fora para dentro

Assim como a Sodexo, outras grandes empresas também enxergam na força disruptiva das startups algo que pode trazer para sua realidade inovações de fora para dentro, ajudando a acelerar o negócio e a pensar fora da caixa. 

A Totvs, por exemplo, se aproximou das startups em 2017, com a criação do iDEXO, sua frente de inovação aberta e conexão com o ecossistema. Ele funciona como um canal para gerar oportunidades e negócios para companhias em fase de escala com a Totvs, parceiros e clientes. Anos depois, em 2021, ela criou um fundo CVC de R$ 300 milhões com intuito de investir em startups. Já em 2022, adquiriu a Feedz e sua subsidiária Dimensa abocanhou a InovaMind, Mobile2you, RBM e Vadu.

A centenária Nestlé também pretende investir em startups por meio de um fundo próprio, cuja estrutura ainda está em planejamento. O trabalho da companhia com o ecossistema começou em 2018. Desde então, a empresa já se relacionou com 1.800 startups e desenvolveu cerca de 150 pilotos, dos quais 50 foram escalados. No ano passado, a plataforma de inovação aberta da companhia ganhou um novo espaço físico em São Paulo, o Panela House, com diversos ambientes para que as mais de 70 startups cadastradas possam usufruir diariamente.