
Na quarta-feira (26), a Amazon anunciou sua nova assistente de inteligência artificial: Alexa+. Diferente das versões anteriores, a nova Alexa promete trazer recursos inéditos para a interação entre humanos e máquinas, dessa vez incorporando avançados recursos de IA, aprendizado e memória.
E, claro, o lançamento do Alexa+ marca a investida da Amazon na corrida pela inteligência artificial em um momento em que gigantes da tecnologia, como OpenAI, Google e Microsoft, já consolidaram suas próprias soluções avançadas.
A ideia da Amazon é que a nova Alexa seja mais inteligente, conversacional e personalizável, conseguindo, assim, realizar diversas tarefas. Dentre algumas das funções previstas para a ferramenta, estão: memorizar as preferências do usuário, revisar documentos, ser integrada a alguns dispositivos Amazon (Echo Show 8, 10, 15 e 21), enviar mensagens e, por fim, fazer reservas.
Além disso, algumas empresas já estão confirmadas para serem integradas à Alexa+, como a Samsung, Uber Eats (já não disponível no Brasil), Spotify, LG e Zoom. Além disso, alguns jornais e revistas também serão incorporados na assistente, como o The Washington Post, Forbes e USA Today.
Tá, mas aí você pergunta: como a Alexa+ se diferencia de outros assistentes que já usam IA, como o Gemini, do Google? Segundo analistas, a nova Alexa tem capacidades avançadas para ir além de um bot que efetua prompts específicos, e se comporta mais como um agente autônomo de IA, capaz de organizar cadeias de ações baseadas em um comando básico do usuários.
Segundo analistas, até agora os assistentes com capacidades agênticas têm decepcionado em grande parte. Ferramentas dos principais laboratórios de IA, incluindo Anthropic e OpenAI, lançaram agentes que podem assumir o controle de um navegador para executar ações, mas eles frequentemente cometem erros e exigem um grau razoável de intervenção para realizar tarefas mais envolventes.
Outras tentativas ambiciosas de agentes, como o Projeto Mariner do Google, permanecem no estágio de protótipo, sem janelas de lançamento comprometidas. Já as demonstrações do Alexa+ retrataram uma experiência de agente mais refinada e com poucos obstáculos técnicos.
A ideia é que a Alexa+ chegue aos Estados Unidos nas próximas semanas, sem data espeficada. O Startups entrou em contato com a Amazon para perguntar sobre um possível prazo de chegada da Alexa+ no Brasil, além de ter questionado se a IA poderia entender português. Confira a resposta na íntegra:
“Inicialmente, Alexa+ estará disponível exclusivamente em inglês para clientes nos EUA. Futuramente, será implementada em todos os países onde Alexa está disponível hoje. Já temos equipes em todo o mundo — de cientistas a engenheiros — trabalhando na localização dessa experiência”, disse a empresa em nota.