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Após faturar R$ 10M, Deskfy integra IA para marketing

Já integrada dentro da plataforma da Deskfy, tecnologia busca aprimorar a produtividade e a estratégia das equipes de marketing

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Victor Dellorto, CEO e co-founder, ao lado de Lucas Braum, CTO e co-founder da Deskfy
Victor Dellorto, CEO e co-founder, ao lado de Lucas Braum, CTO e co-founder da Deskfy (Imagem: Divulgação)

Depois de bater a meta de R$ 10 milhões em faturamento em 2024, a Deskfy resolveu reagrupar e apostar suas fichas na tendência mais quente do momento: colocou a inteligência artificial no centro da sua estratégia e lançou a MIA (sigla para ‘Marketing com Inteligência Artificial’) em junho deste ano.

A ferramenta marca uma nova fase de crescimento da martech, que, acreditando no potencial de experiências conversacionais e de agentes de IA, mira transformar o jeito como times de marketing operam, fazendo da MIA uma espécie de “funcionário” da área.

Entenda o que é a MIA

Para entender melhor o novo produto, é preciso ter uma ideia do que se trata a Deskfy. A empresa, que se posiciona como o “ERP do marketing”, tem como seu principal produto uma plataforma SaaS que otimiza o marketing multilocal e os fluxos de trabalho, tornando as equipes mais eficientes e estratégicas.

Agora, essa mesma plataforma recebe a integração com a MIA, integrando funcionalidades como produzir legendas e copies, planejar ações com materiais precisos e adaptados ao posicionamento da empresa, diagnosticar e otimizar processos, trazendo mais assistência aos times de marketing.

Além disso, a ferramenta também consegue responder perguntas sobre prioridades, campanhas ativas e aprovações pendentes, agilizando a colaboração e a execução com a criação de tarefas através de conversas compartilhadas.

Segundo Victor Dellorto, CEO da Deskfy, a MIA é uma “experiência conversacional dentro do produto”, mas está mais para um agente de IA do que um chatbot. “A MIA tem essa interface de chat, que a gente já tem como expectativa, de uma ferramenta de IA. Mas ela também está disponível em outras partes do sistema. Ou seja, de uma forma ou de outra, você acaba encontrando com a MIA dentro da Deskfy, na experiência de uso”, explica em entrevista.

O executivo também disse que a MIA surgiu de uma “dor” por parte dos profissionais de marketing, que não conseguiam fazer o uso de IAs genéricas para as demandas da área. “O contexto do marketing é diferente de outros contextos. E o time de marketing acaba ali tendo que se virar com ferramentas que não são pensadas para eles. Então, para darmos o contexto que fizesse sentido para o marketing, precisávamos trabalhar em uma criação própria”, disse, complementando que o time precisa de especificidade e especialidade.

Ainda de acordo com o CEO, a síndrome de burnout é uma preocupação muito grande dos times de marketing, e a MIA pode ajudar a evitar esse problema ao otimizar processos, trazendo mais bem-estar às equipes. “Queremos cada vez mais aliviar e mudar a realidade dos times de marketing para que eles tenham menos burnout e que eles voltem a fazer o que eles achavam que eles iriam fazer, que era ser criativo, que era pensar”. 

Clientes já estão usando a nova IA da Deskfy

Mesmo com o lançamento sendo recente, os clientes atendidos pela Deskfy (Ambev, Domino’s, O Boticário, Levis, Outback, Hospital Israelita Albert Einstein, entre outros) já estão com acesso à MIA e utilizando a ferramenta.

Pela IA ainda ser muito nova dentro da plataforma, a Deskfy ainda não sabe dizer se algum setor em específico aderiu mais à MIA. No entanto, o CEO afirma que, através de uma pesquisa interna, descobriu que houve 100% de adesão, sendo que 66% das empresas atendidas afirmaram confiar muito na IA e 33% afirmaram que a MIA poupou mais de 30 minutos em demandas (em relação a outras IAs).

Após R$ 10M, crescimento será mais ameno

Apesar da Deskfy estar apostando em inteligência artificial agora, a expectativa da empresa é de um crescimento mais ameno. Em conversa com o Startups no ano passado, a martech reportou um crescimento anual de 40%, com a expectativa de fechar 2024 com um faturamento de R$ 10 milhões.

Segundo Victor, a meta prevista para o ano passado foi atingida – em 2023, a companhia tinha faturado R$ 7 milhões. Contudo, perguntado sobre metas de crescimento para 2025, o CEO preferiu não abrir números, afirmando que a sua empresa está em um momento de reposicionamento e com uma expectativa mais “amena” de faturamento para este ano.

“Em 2025, vamos priorizar rentabilidade e movimentos estratégicos da companhia para se posicionar de uma nova forma no mercado com novos produtos”, finaliza Victor Dellorto.