Com o lançamento do browser Atlas, revelado pela OpenAI esta terça (22), muito se comentou se finalmente o Google teria um concorrente de peso contra a hegemonia do Chrome. Entretanto, para os analistas do HSBC, as funcionalidades de IA do Atlas não representam uma ameaça tão grande assim para o navegador do Google.
De acordo com o banco, que manteve as ações da Alphabet com uma recomendação de compra, o Atlas chega como um novo concorrente, mas ele não tem de fato nenhuma vantagem competitiva em relação ao Chrome.
Aliás, segundo os analistas, a maioria das funcionalidades apresentadas pela OpenAI nem são tão “revolucionárias” assim. A maior parte delas tem features correspondentes na IA do Google – o Gemini – que já tem integrações com o Chrome.
“Para nós, a parte mais impressionante da transmissão foi a demonstração de agentes. Por exemplo, o navegador foi capaz de assumir o controle e pedir ingredientes que faltavam para uma receita. O Gemini no Chrome pode realizar tarefas semelhantes, segundo o blog da Google publicado em 18 de setembro de 2025”, afirmaram os analistas.
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De acordo com os especialistas do HSBC, o movimento da OpenAI é menos uma ameaça e mais uma resposta à evolução que o Google está conseguindo com o Chrome e Gemini – aliás, segundo o banco, o Gemini praticamente dobrou sua participação no mercado de IA generativa nos últimos 12 meses, em detrimento da OpenAI.
Esse crescimento do Gemini, impulsionado também pela sua integração com o Android nos celulares, tem colocado o Google em uma posição confortável, e a empresa está satisfeita em lançar produtos após os concorrentes e ainda assim recuperar fatia do mercado de IA generativa.
“O Google parece já ter desenvolvido diversas capacidades, então o lançamento do Atlas provavelmente só levantará dúvidas sobre o cronograma de liberação mais ampla do Project Mariner, do Google DeepMind”, observaram.
Os analistas afirmaram ainda que o Atlas é um concorrente direto do Chrome, mas lembraram que o ChatGPT tem cerca de 800 milhões de usuários, enquanto o Chrome possui quase 3 bilhões. Eles “esperam que a batalha pela participação de consultas de busca aconteça com o Google mantendo os consumidores dentro do Chrome, por meio dos recursos que já demonstrou”, finalizaram.
