
Em 2022, em conversa com o Startups, a CAF (anteriormente conhecida como Combate à Fraude), empresa focada em soluções para identificação digital, demonstrava seus planos para expansão internacional. Isso foi reforçado mais uma vez em 2023, quando a companhia anunciou seu novo CEO com o desafio de manter o ritmo de expansão global da marca.
Agora, passados dois anos desde a última atualização, parece que a empresa caminha para seu propósito, já atendendo clientes no Uruguai, Estados Unidos e Inglaterra. Além disso, como já noticiado em 2022 pelo Startups, a CAF também conta com escritórios em Londres (Inglaterra), Toronto (Canadá), Austin (Estados Unidos), São Paulo, Rio de Janeiro e Venâncio Aires — sendo esta a última a cidade onde a empresa nasceu.
Apesar das metas internacionais, o Brasil segue como o principal mercado da companhia, sendo responsável por mais de 90% da receita da empresa — os valores não foram informados ao Startups.
Outro ponto interessante é de que, nos últimos anos, a CAF investiu na diversificação e qualificação de sua equipe, com a contratação de talentos em áreas como tecnologia, produto, operações e vendas. Jason Howard assumiu como CEO, José Oliveira como CTO e Rodrigo Lattaro como VP Global de Marketing da CAF. Atualmente, a empresa conta com cerca de 240 funcionários e, deste número, cinco foram contratações internacionais.
VerifAI Docs como aposta da CAF
Após passar por uma mudança de marca e reposicionamento estratégico em 2025, a CAF vive um novo momento. “Hoje, a CAF é mais do que uma empresa de tecnologia, é uma empresa de inteligência artificial. Respiramos isso 24 horas por dia”, anuncia José Oliveira, Chief Technology Officer da CAF.
A empresa tem investido fortemente na inteligência artificial como pilar central de sua atuação no combate a fraudes documentais. A mais recente inovação da empresa é o VerifAI Docs, solução capaz de identificar adulterações em documentos não estruturados — como recibos e comprovantes.
Ou seja, a ferramenta analisa arquivos em PDF ou imagem e detecta indícios de manipulação utilizando mais de 500 métodos diferentes. O sistema também é capaz de interpretar e contextualizar dados complexos, oferecendo respostas mais inteligentes e adaptadas ao tipo de documento e à necessidade de cada cliente.
Na era da inteligência artificial acessível, a empresa também demonstra preocupação com fraudes cada vez mais sofisticadas, como as geradas por deepfakes ou possíveis vídeos fraudulentos, feitos por ferramentas de vídeo por IA (como o VEO3, da Google). “Temos um investimento massivo em IA, e usamos o que tem mais de moderno exatamente para identificar irregularidades nos documentos”, explica o CTO.
A ideia é de sempre estar a “um passo à frente” dos fraudadores e, levando isso em consideração, José afirma que a companhia busca garantir um índice de assertividade superior a 99% na identificação de tentativas de fraude.
A abordagem da empresa vai além da análise de documentos e inclui a biometria comportamental — cruzando dados como tipo de dispositivo, padrão de navegação, angulação de imagens e até background das fotos — para identificar sinais suspeitos que muitas vezes passariam despercebidos em análises tradicionais.