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Do lixo, ao luxo: Google finalmente surpreende com nova IA

Após inúmeras tentativas frustradas, Google lança o Veo 3 e surpreende usuários com vídeos realistas feitos com IA

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Google Veo 3
Google Veo 3 (Imagem: Shutterstock)

A Google tenta competir no mercado de inteligência artificial há um bom tempo. Desde 2023, a big tech tem feito de tudo para ficar no mesmo nível de outras gigantes do setor — mas falhou diversas vezes.

Depois de tantas tentativas frustradas, porém, a Google parece finalmente ter acertado a “bola da vez” com o Veo 3, ferramenta que gera vídeos com inteligência artificial através de comandos de texto. O recurso ainda é capaz de adicionar trilhas sonoras, ruídos de fundo e sincronização labial.

O Veo 3 foi anunciado na última semana, durante o evento Google I/O 2025 e já foi disponibilizado no Brasil na segunda-feira (26).

O Startups chegou a testar a ferramenta, solicitando um vídeo de uma repórter do veículo Startups.com.br dizendo que “este é o Veo 3, ferramenta que gera vídeos com inteligência artificial através de comandos de texto”. Este foi o resultado:

Ferramenta acabou fazendo o vídeo em inglês (Vídeo: Google Veo 3/Divulgação)

Na tentativa de fazer um novo vídeo (agora em português), o comando foi reformulado:

Um vídeo de uma repórter brasileira, falando em português brasileiro o seguinte: A Google tenta competir no mercado de inteligência artificial há um bom tempo. Desde 2023, a big tech tem feito de tudo para ficar no mesmo nível de outras gigantes do setor — mas falhou diversas vezes. Agora, com o Veo 3, ferramenta que gera vídeos com inteligência artificial através de comandos de texto, a Google parece ter acertado a “bola da vez”.

Veja o resultado abaixo:

Apesar do vídeo ser cortado pela ferramenta, Veo 3 parece promissor (Vídeo: Google Veo 3/Divulgação)

Internautas estão surpresos com a capacidade e o realismo do Veo 3. Agora, a “trend do momento” é fazer vídeos brincando com a ferramenta, em que os personagens criados com inteligência artificial falam sobre não serem reais. Confira:

Problemas no passado

Os problemas começaram no Bard (que posteriormente virou Gemini), que sofreu diversos atrasos na sua disponibilidade global. Na pressa para competir com o ChatGPT, o chatbot da Google foi lançado em fevereiro de 2023 sem dar suporte a uma grande variedade de países e idiomas, deixando, inclusive, o Brasil de fora da lista por cinco meses (a ferramenta chegou ao território nacional apenas em julho daquele ano).

Mas os atrasos não foram o único problema do Bard. A inteligência artificial teve, inclusive, problemas de funcionamento, sendo, na época, tratada como algo experimental pela big tech. “O Bard nem sempre vai acertar. O Bard pode dar respostas incorretas ou impróprias. Em caso de dúvida, use o botão ‘Pesquisar no Google’ para verificar as respostas do Bard”, dizia a página inicial da ferramenta em 2023.

Já em setembro do mesmo ano, a Google anunciou que o Bard teria integração com outros serviços da empresa, como o YouTube e o Gmail. A ideia era de tornar o Bard numa espécie de “assistente da vida real”, chamado de ‘Bard Extensions‘ — mas a big tech falhou novamente ao liberar suas funções apenas em inglês em um momento inicial.

Ainda numa tentativa de se estabelecer no mercado de inteligência artificial, em 2024, a Google “descartou” o Bard (que não estava nem há um ano no mercado). O Gemini, que antes era uma IA multimodal projetada para organizar e combinar vários tipos de informação, tomou o lugar do chatbot e assumiu suas funções.

Já em 2025, a big tech anunciou o fim do Google Assistente (ativo desde 2016) para dispositivos Android, dando esse posto ao Gemini. A atitude fez parecer que a Google estava “empurrando à força” sua inteligência artificial aos seus usuários. “Além disso, atualizaremos tablets, carros e dispositivos que se conectam ao seu telefone, como fones de ouvido e relógios, para o Gemini”, disse a Google em março.