O apetite dos investidores por inteligência artificial continua em ritmo acelerado, e a nova queridinha da vez é a Reflection AI. A startup, que desenvolve tecnologias que automatizam partes do processo de desenvolvimento de softwares, acaba de anunciar a captação de US$ 2 bilhões para desenvolver a nova fronteira em “open intelligence”.
Segundo a empresa, o aporte contou com a participação da Nvidia e da gestora de private equity 1789 Capital, ligada a Donald Trump Jr., além de Eric Schmidt (ex-CEO do Google), do Citi e dos fundos Lightspeed e Sequoia, que já haviam investido em rodadas anteriores, entre outros investidores.
Fundada em 2024 pelos ex-pesquisadores do DeepMind Misha Laskin e Ioannis Antonoglou, a Reflection AI elevou seu valuation para US$ 8 bilhões após a rodada, segundo a Reuters. O novo valuation representa um salto significativo em relação à rodada anterior, quando a empresa levantou US$ 130 milhões, avaliada em US$ 545 milhões, segundo dados do PitchBook.
“Nós precisamos construir modelos abertos tão eficientes que eles se tornem a escolha óbvia para usuários e desenvolvedores em todo o mundo, garantindo que a base da inteligência permaneça aberta e acessível em vez de controlada por poucos”, diz a Reflection AI em comunicado divulgado em seu site.
A Reflection AI desenvolveu uma plataforma de inteligência artificial em larga escala voltada para o treinamento de modelos avançados baseados em Mixture-of-Experts (MoEs) – uma tecnologia que combina vários modelos especializados para aumentar o desempenho e a eficiência. A empresa foi criada por um time que participou de alguns dos maiores avanços em IA da última década, como PaLM, Gemini, AlphaGo, AlphaCode e AlphaProof, além de contribuições ao ChatGPT e ao Character AI.
O foco inicial da startup foi o desenvolvimento de ferramentas de codificação autônoma, aplicando aprendizado por reforço e modelos de linguagem de ponta para automatizar etapas do processo de programação. Depois de comprovar a eficácia da sua tecnologia, a empresa ampliou o objetivo para criar sistemas capazes de raciocinar e agir de forma independente, o que chama de “raciocínio agente”. Com um aporte de capital expressivo e um modelo de negócio alinhado à ideia de inteligência aberta (ou open intelligence), a Reflection AI quer agora escalar sua plataforma e disponibilizar seus modelos de forma aberta e sustentável – combinando pré-treinamento em larga escala com aprendizado por reforço de última geração.