Para um setor que vem correndo contra o tempo para se tornar mais sustentável e eficiente, as possibilidades oferecidas pela inteligência artificial são música para os ouvidos. Não é a toa que 67% das empresas de energia planejam aumentar seus investimentos na tecnologia nos próximos dois anos. Os dados são de um estudo elaborado pela Minsait, empresa de transformação digital e TI do grupo Indra.
A edição deste ano do levantamento “IA: radiografia de uma evolução em curso” analisou o contexto e o grau de adoção da inteligência artificial em mais de 900 empresas privadas e instituições públicas ao redor do mundo, de 15 diferentes segmentos de mercado.
De acordo com o relatório, o setor energético se destacou, revelando alto grau de maturidade na implementação da IA, com as companhias integrando a tecnologia às mais diversas áreas do seu negócio. Por exemplo, 30% das empresas destacaram o uso de IA para identificar, explorar, extrair e transportar recursos energéticos. E 22% das companhias dizem utilizar a IA para detectar eventuais casos de vazamento e fraudes em suas redes de distribuição de energia.
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Diretor global para os mercados de Energia e Serviços Públicos da Minsait, Juan Pérez de Cossio afirma que o setor energético está atravessando uma fase de transformação, na qual a transição para fontes de energia mais limpas, a otimização das infraestruturas e a gestão da demanda por recursos energéticos serão vitais nos próximos anos.
“Veremos o surgimento de soluções cada vez mais inovadoras e surpreendentes para os desafios que o setor terá de encarar daqui em diante. Assim, a inteligência artificial surge como uma ferramenta fundamental para superar obstáculos e aproveitar novas oportunidades”, aponta.
Ainda segundo o estudo, 22% das empresas do setor de energia já possuem grupos de trabalho dedicados à exploração das oportunidades oferecidas pela IA. E, em 29% dos casos, a alta diretoria das companhias se diz “clara e firmemente comprometida” com a adoção dessa tecnologia. Por outro lado, 42% das organizações indicam a falta de perfis profissionais especializados como o principal obstáculo para a plena consumação desse avanço no setor.