Inteligência artificial

Microsoft: seu próximo PC será "powered by AI"

Plano é produzir cerca de 50 milhões de PCs com sistemas baseados em IA no próximo ano. Elon Musk está assustado

Copilot+PC
Copilot+PC. Foto: divulgação

A Microsoft está pronta para revolucionar o Windows, e está apostando suas fichas na inteligência artificial para tal. Em um anúncio global, a companhia divulgou seus planos ambiciosos para integrar IA – no caso, o seu sistema Copilot – no coração de seu famoso sistema operacional.

Em um keynote de aquecimento para sua esperada conferência para desenvolvedores (Build), a empresa revelou a sua nova linha de máquinas com Windows, apelidadas de Copilot + PCs, e criada para “redefinir a experiência do usuário”.

Segundo destacou o próprio CEO Satya Nadella, durante a apresentação, isso será possível a partir da inclusão de unidades de processamento neural (NPUs) dedicadas, projetadas para turbinar recursos de IA como o Recall – recurso que visa recuperar facilmente aplicativos, arquivos e conteúdo anteriores.

Além disso, a empresa fez uma demonstração de como o usuário pode utilizar seu PC e, ao mesmo tempo, “dialogar” com o ChatGPT-4o para fazer atividades em paralelo. No caso, o usuário pediu um tutorial via assistente de voz enquanto jogava Minecraft.

Para entregar essa tecnologia de ponta, a linha terá configurações “parrudas”, com mínimo de 16GB de RAM e armazenamento em SSD. Para garantir a otimização para este Windows de ponta, a Microsoft aproveitou para anunciar parcerias com fabricantes como Intel e AMD (Nvidia não foi citada).

A linha de Copilot+PCs chegará ao mercado a partir do próximo ano, mas a Microsoft já apostou no hype, abrindo a pré-venda por US$ 999 para seus modelos mais básicos. Ah, e a empresa de Satya Nadella está apostando alto no hype: a expectativa para o próximo ano é produzir 50 milhões de dispositivos com a nova tecnologia.

Elon Musk assustado

Apesar das novidades animadoras para os entusiastas da inteligência artificial, nem todo mundo ficou otimista com a visão da Microsoft para o Windows. Elon Musk, por exemplo, se mostrou perturbado pela funcionalidade de Recall, em que o Windows praticamente vai registrar tudo o que usuário faz durante sua navegação, a fim de personalizar mais a experiência.

O Recall permite que os usuários encontrem qualquer coisa em seu PC apenas descrevendo-o. A ideia é que você possa rolar para trás para encontrar aplicativos, documentos ou mensagens que possam ter sido perdidos ou extraviadas. Analisando friamente, parece uma versão atualizada e alimentada por IA do Timeline, a ferramenta organizacional de 2018 que a Microsoft descartou em 2021.

Entretanto, visto que esse recurso envolve uma “vigilância” constante do sistema operacional em cima das atividades do usuário, Elon Musk não curtiu muito a ideia. “Isso é um episódio de Black Mirror. Definitivamente vou desligar essa ‘feature'”, disparou Elon, em uma postagem em seu perfil no X.

A corrida pela IA

O anúncio da Microsoft vem na sequência de diversos anúncios de grandes players para mostrar o que andam fazendo em termos de IA para seus produtos. Na semana passada, a bola começou a rolar no campo da OpenAI, que anunciou o GPT-40, sua nova versão do popular modelo de linguagem.

Um dia depois, o Google também mostrou suas cartas, anunciando uma nova versão de seu modelo, o Gemini 1.5 Pro, que segundo a empresa, terá a maior capacidade de inputs que qualquer outro modelo disponível atualmente no mercado.