
A Axcell, aceleradora de negócios voltada à economia da regiao amazônica, em parceria com o Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia) estão à procura de startups de bioeconomia na região amazônica, para fazer uma série de investimentos.
O anúncio é resultado de uma chamada pública das duas empresas, por meio do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), que prevê investimentos de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões em projetos inovadores que tragam impactos positivos para a bioeconomia ou que auxiliem no tratamento de resíduos e biorremediação.
De acordo com o edital, que totaliza R$ 25 milhões, os projetos precisam ser desenvolvidos na região da Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima), além do Amapá, e cerca de 10 startups serão escolhidas.
A exigência da Axcell e do Idesam é de que as startups já tenham pelo menos 60 meses de operação, que suas soluções estejam alinhadas aos eixos temáticos do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) e que estejam em fase de operação ou tração, com “modelos de negócios inovadores e potencial comprovado de crescimento”.
Outro requisito é que essas empresas já tenham um plano de crescimento estruturado, e que sua execução utilize pelo menos 80% dos recursos captados na região da Amazônia Ocidental ou no Amapá.
Além do dinheiro, as startups escolhidas terão mentorias, suporte técnico e acesso a rede de contatos das duas empresas que lideram a iniciativa, conectando com outros agentes locais e ampliando seu impacto local.
“O recurso se destina principalmente a startups que já estejam operando, que já sabem como crescer e que só precisam daquele ‘empurrão” para tracionar o negócio”, destaca Matheus Faria, CCO da Axcell Aceleradora, em nota.
Após a seleção inicial, as startups classificadas passarão por entrevistas, sessões de pitch e análise de seus planos de negócio. A liberação do investimento acontece após a análise final em um comitê da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa)
Para Nelson Poli, gestor de portfólio no Idesam, a meta com a chamada é fomentar as cadeias de bioeconomia amazônica e fortalecer o ecossistema local. “A parceria é fundamental para fortlaecer a presença de startups na Amazônia, onde podem acessar recursos oriundos de incentivos fiscais e gerar impacto positivo da economia”, destaca.
“O parque tecnológico que temos aqui possui um potencial maravilhoso. A ideia é realmente fomentar uma Amazônia para além da floresta e dentro da tecnologia”, completa e finaliza Matheus Faria.
O edital pode ser acessado por este link.
De olho na Amazônia
A iniciativa do Idesam e da Axcell se alinha com diversas outras que estão olhando “com carinho” para o ecossistema de inovação na Amazônia.
No ano passado, a KPTL lançou um fundo próprio para fomentar a bioeconomia em sete países de influência da floresta amazônica – Brasil, Equador, Bolívia, Peru, Colômbia, Guiana e Suriname.
Batizado de Amazonia Regenerate Accelerator and Investment Fund, o veículo de investimentos destinará até US$ 30 milhões a empresas em estágio inicial focadas na bioeconomia da região – US$ 11 milhões já estão disponíveis para aporte.
O veículo de investimentos prevê parcerias estratégicas com todo o ecossistema da KPTL, incluindo empreendedores, investidores-anjo e corporações nacionais e internacionais, além de universidades e institutos de pesquisa para fortalecer a capacidade do fundo de escalar soluções locais e promover um desenvolvimento econômico sustentável na Amazônia.