Investimento

Movêu capta R$ 3M com seus móveis personalizados sob medidas

Startup planeja aprimorar a tecnologia, expandir o portfólio de produtos e elevar o faturamento para R$ 5 milhões em 2025

Guilherme Kodja e Rodrigo Palandi, fundadores da Movêu
Guilherme Kodja e Rodrigo Palandi, fundadores da Movêu (Foto: Divulgação)

A startup de móveis personalizados Movêu acaba de levantar rodada de investimento no valor de R$ 3 milhões. O aporte foi liderado pelo Investidores.vc, que entrou com um cheque de R$ 1,5 milhão, e acompanhado por GVAngels, Poli Angels e investidores-anjo como Patrick Sigrist (iFood e Nomad), Pedro Conrade (Neon), Alan Chusid (Spin Pay), Otávio Maluf Júnior (Eucatex) e Silvio Kożuchowicz (SKR Construtora). 

Fundada por Guilherme Kodja e Rodrigo Palandi, a startup nasceu com a proposta de mudar a forma de comprar móveis online no Brasil. Unindo tecnologia e design, a empresa permite a criação de móveis sob medida, com design assinado pelo próprio cliente, a partir de uma plataforma 3D intuitiva de customização. 

“Criamos a Movêu para tornar a jornada de compra mais satisfatória, oferecendo produtos personalizados de qualidade, mas sem dor de cabeça”, afirma Guilherme, em entrevista ao Startups. Segundo ele, a startup se destaca não apenas pela customização dos móveis e pela facilidade de compra online. “Nossos móveis são projetados para serem montados por encaixe, o que simplifica a montagem e garante um pós-venda eficiente. Se houver algum problema, podemos substituir apenas a peça danificada, em vez de refazer o produto inteiro. Além disso, se o cliente mudar de casa, ele pode desmontar e montar o móvel novamente, sem precisar transportá-lo inteiro. Esses aspectos nos ajudam a manter a satisfação e o encantamento do cliente”, destaca.

Desde sua fundação, em 2021, a Movêu já vendeu mais de 700 móveis para mais de 600 clientes. “Começamos a crescer de fato no último ano, quando encontramos o canal de vendas, definimos o público-alvo e estabelecemos um bom fit entre o público e a marca. Com esses resultados em mãos, percebemos que era o momento de captar, expandir o que vinha dando certo e trazer novas soluções aos clientes”, diz Guilherme.

A Movêu planeja aprimorar a tecnologia, expandir seu portfólio de produtos e aumentar o alcance da marca. Atualmente atendendo à região Sudeste, a startup pretende iniciar entregas no Sul do país e prevê aumentar sua equipe com contratações nas áreas de produto, tecnologia, marketing e operações. Com esses avanços, a expectativa é faturar R$ 1,5 milhão em 2024, vendendo mais de 500 móveis no ano, e superar R$ 5 milhões em faturamento em 2025.

O aporte ocorre pouco mais de dois anos após a rodada anterior. No início de 2022, a Movêu recebeu um investimento de R$ 1 milhão da GVAngels e Poli Angels, com a participação de executivos como Pedro Conrade (Neon), Patrick Sigrist (Nomad e iFood) e Claudio Bergamo (Hypera Pharma).

Parcerias de peso

Amure Pinho, fundador do Investidores.vc, compartilha os fatores que o levaram a liderar a rodada da Movêu. “Encontrei uma equipe com experiência no setor, que adota uma abordagem analítica para avaliar números e parametrizar o crescimento e a produção do negócio. Além disso, a startup apresenta uma proposta direcionada ao mercado, utilizando tecnologia e com grande potencial de escalabilidade por meio do software”, explica.

Segundo o executivo, a abordagem do Investidores.vc pode aumentar o potencial da Movêu. “Nossos investidores se tornam clientes imediatos. Eles conhecem o produto, compram, indicam para outras pessoas e compartilham, o que contribui para alavancar a receita e as vendas, permitindo um crescimento natural da empresa”, ressalta. Ele também menciona que a startup receberá suporte para ganhar mais visibilidade no mercado, incluindo assistência no relacionamento com a imprensa e conexões com potenciais parceiros.

O cofundador da Movêu ressalta os benefícios do smart money, que vão além do capital financeiro. “Nós entendemos muito sobre a Movêu: operação, tecnologia 3D e como desenvolver um bom produto. Somos jovens e ambiciosos, dispostos a fazer o negócio dar certo. Nossos investidores, por outro lado, trazem uma vasta bagagem, experiência e expertise. Eles já testemunharam o sucesso e o fracasso de muitas empresas. Ter essa rede de apoio faz toda a diferença”, pontua Guilherme.

“Não existe uma regra no empreendedorismo, mas há um playbook, ou seja, bons comportamentos, iniciativas e formas de fazer as coisas. Estar próximo de investidores como os que temos nos permite acessar esses bons playbooks”, conclui.