A animação para o segundo semestre de 2024 esbarrou nos números. Se agosto animou, segundo um novo levantamento divulgado pelo Distrito, setembro registrou uma queda sensível nas rodadas levantadas por startups na América Latina. Foram US$ 274 milhões levantados, desaceleração de 17,8% no volume de recursos na comparação com o mesmo mês em 2023, quando as startups da região captaram US$ 333 milhões.
No número de rodadas, o volume também caiu. Foram 42 rodada concluídas no mês passado, bem menos que as 65 anotadas no mesmo mês em 2023.
Entretanto, se o quadro geral parece ruim, outros dados trazem um pouco de esperança. De acordo com o levantamento, as empresas brasileiras foram destaque ao levantar 66% de todo o volume arrecadado na região, uma retomade frente ao crescimento de outros ecossistemas como o colombiano e mexicano.
Os destaques com as maiores rodadas foram as brasileiras Cayena, marketplace para compra de insumos alimentícios por atacado que captou US$ 55 milhões em uma Série B liderada pela Bicycle Capital, e a ROCK, martech que levantou US$ 55 bilhões em rodada liderada pela Hindiana. Com o aporte, a ROCK comprou a startup Bnex.
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Os cheques mais altos levantados pelas duas startups trazem um outro sinal positivo, segundo o cofundador e CEO do Distrito, Gustavo Gierun. “O mercado de late stage começa a demonstrar sinais de recuperação. É um movimento lento, mas gradual.” comenta Gustavo.
Dentre os setores que mais arrecadaram recursos, quem liderou (para a surpresa de ninguém) foram as fintechs, com US$ 93,3 milhões, e em seguida, as retailtechs e as foodtechs com US$ 55,8 milhões cada.
Quanto aos M&As, o número em setembro ficou estável em relação ao mesmo mês no ano passado, mas caiu em relação da média anotada ao longo dos meses deste ano. Foram 11 operações – a média em 2024 foi de 16 operações por mês.
