Ecossistema

Startups brasileiras diminuem ritmo e captam US$ 349M em agosto

Apesar de captar 24% menos em relação a julho, ecossistema brasileiro mantém ritmo forte em relação ao fraco 1º semestre, mostra Sling Hub

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Startups brasileiras diminuíram o ritmo de investimentos em agosto | Foto: Canva
Startups brasileiras diminuíram o ritmo de investimentos em agosto | Foto: Canva

Depois de dois meses fortes no volume de captação, as startups brasileiras deram uma recuada no volume de investimentos em agosto. É o que mostra o mais novo levantamento da Sling Hub, apontando um total de US$ 349 milhões em aportes recebidos pelas empresas brazucas.

Segundo o levantamento, é um recuo de 24% em relação aos US$ 457 milhões registrados em julho. Em junho, o volume de captações tinha sido ainda maior, com US$ 640 milhões anotados. Contudo, no número de operações, agosto foi o melhor mês do ano até agora, com 35 deals – em julho foram 33 e em junho, 28.

No comparativo ano a ano, agosto de 2025 ganhou de lavada do mesmo mês no ano passado. Apesar de ter registrado mais deals, agosto de 2024 não passou dos US$ 133 milhões em investimentos para startups brasileiras. É um salto de 163% em 12 meses.

No levantamento das principais rodadas no mês passado, os destaques foram dois deals que passaram da marca dos US$ 100 milhões. O maior deles foi o da Starian, spin-off da Softplan que levantou R$ 640 milhões com a General Atlantic.

A outra operação destacada pelo estudo, apesar de não ser uma rodada de equity, movimentou US$ 106 milhões (cerca de R$ 590 milhões). A responsável pela captação foi a fintech Pravaler, que emitiu um FIDC para ampliar sua capacidade de crédito para estudantes. Outros FIDCs entraram na conta do levantamento, como um da Olist (US$ 16,2 milhões) e o Asaas (US$ 18,5 milhões).

Quanto aos M&As, a Sling Hub aponta que agosto não foi um mês assim tão movimentado, com apenas 7 operações, uma queda de 46% em relação ao mês anterior e de 36% em relação a agosto do ano passado.

Em depoimento ao estudo, o gerente de inovação da Bayer, André Fukugauti, destacou que, apesar da desaceleração em relação ao início do semestre, o ecossistema segue dinâmico, mas com suas ressalvas. “Diante da instabilidade econômica, há mais cautela e uma maior qualificação nos investimentos”, avalia.