IPO

Figma entra com pedido confidencial de IPO nos EUA

Pedido de abertura de capital chega 16 meses após fracasso em tentativa de aquisição da Figma pela Adobe, por pressões regulatórias

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Escritório da Figma em São Francisco (EUA) | Foto: Divulgação
Escritório da Figma em São Francisco (EUA) | Foto: Divulgação

A Figma, startup de design colaborativo conhecida por sua plataforma baseada em nuvem, apresentou confidencialmente um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. O pedido ocorre em meio a um cenário de volatilidade nas bolsas americanas, que fez com que duas startups adiassem a abertura de capital no país.

Em comunicado publicado no blog da empresa, a Figma informa que apresentou confidencialmente à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) um rascunho da Declaração de Registro no Formulário S-1, referente à proposta de oferta pública inicial de suas ações ordinárias Classe A.

“O número de ações e a faixa de preço para uma possível oferta pública ainda não foram definidos. Quaisquer futuras ofertas, solicitações ou vendas de valores mobiliários serão realizadas após a conclusão do processo de revisão da SEC, em conformidade com os requisitos de registro estabelecidos pela Lei de Valores Mobiliários”, aponta o comunicado.

O início do processo de abertura de capital da Figma ocorre 16 meses após a empresa cancelar um acordo para ser adquirida pela Adobe por US$ 20 bilhões devido a pressões regulatórias no Reino Unido. A startup de São Francisco havia concordado com o negócio em 2022. Na época, a Adobe pagou à Figma uma multa de rescisão de US$ 1 bilhão.

Desde o seu anúncio, o negócio foi visto de forma negativa por órgãos reguladores, alegando que ele seria nocivo no segmento de ferramentas gráficas, onde a Adobe já é uma líder de mercado. 

Apoiada por firmas de venture capital como Andreessen Horowitz, Durable Capital, Greylock Partners, Index Ventures, Kleiner Perkins e Sequoia Capital, a Figma permitiu, no ano passado, que seus investidores – incluindo funcionários e ex-funcionários – vendessem sua parte na companhia a um valuation de US$ 12,5 bilhões.