
A Figma, startup de design colaborativo conhecida por sua plataforma baseada em nuvem, apresentou confidencialmente um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. O pedido ocorre em meio a um cenário de volatilidade nas bolsas americanas, que fez com que duas startups adiassem a abertura de capital no país.
Em comunicado publicado no blog da empresa, a Figma informa que apresentou confidencialmente à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) um rascunho da Declaração de Registro no Formulário S-1, referente à proposta de oferta pública inicial de suas ações ordinárias Classe A.
“O número de ações e a faixa de preço para uma possível oferta pública ainda não foram definidos. Quaisquer futuras ofertas, solicitações ou vendas de valores mobiliários serão realizadas após a conclusão do processo de revisão da SEC, em conformidade com os requisitos de registro estabelecidos pela Lei de Valores Mobiliários”, aponta o comunicado.
O início do processo de abertura de capital da Figma ocorre 16 meses após a empresa cancelar um acordo para ser adquirida pela Adobe por US$ 20 bilhões devido a pressões regulatórias no Reino Unido. A startup de São Francisco havia concordado com o negócio em 2022. Na época, a Adobe pagou à Figma uma multa de rescisão de US$ 1 bilhão.
Desde o seu anúncio, o negócio foi visto de forma negativa por órgãos reguladores, alegando que ele seria nocivo no segmento de ferramentas gráficas, onde a Adobe já é uma líder de mercado.
Apoiada por firmas de venture capital como Andreessen Horowitz, Durable Capital, Greylock Partners, Index Ventures, Kleiner Perkins e Sequoia Capital, a Figma permitiu, no ano passado, que seus investidores – incluindo funcionários e ex-funcionários – vendessem sua parte na companhia a um valuation de US$ 12,5 bilhões.