Uma espécie de “uber dos profissionais de saúde”? Com a proposta de levar médicos autônomos para dentro da casa dos pacientes, a healthtech ISA Lab captou R$ 60 milhões em uma rodada série A com VOX Capital, FIR Capital, Endeavor Scale-up e Kortex Ventures. Também participaram da rodada investidores de rodadas anteriores, como Canary e MatterScale.
Com o cheque, a startup quer escalar seu modelo de descentralização para o atendimento de saúde, em que funciona como uma “last mile” da saúde: ou seja, a logística que permite a entrega do serviço final ao consumidor. A meta é chegar a mais regiões no curto prazo, além de investir no aprimoramento da tecnologia por trás do modelo da empresa.
Também faz parte do plano aumentar a rede de profissionais para ampliar a capacidade de atendimento. A empresa se estabeleceu com a oferta de exames a domicílio, em que enfermeiros vão às casas para fazer coletas e enviam as amostras ao laborário da ISA. Contudo, o objetivo com o aporte é acelerar o programa ISA Care, com mais opções de atendimento ambulatorial (aplicação de soro ou medicamentos) nas casas dos pacientes.
“Já somos reconhecidos por realizar exames na casa das pessoas, e passamos a fazer mais que isso: queremos levar o hospital até elas, para que não precisem ir até um pronto socorro desnecessariamente”, explica Fernando Pares, CEO da ISA, em nota.
Atualmente, a healthtech conta com 150 colaboradores, em 7 diferentes estados brasileiros. Ela opera, primordialmente, em um modelo B2B, a partir de parcerias com empresas, hospitais, laboratórios, planos de saúde e serviços complementares, como atendimentos feitos por telemedicina. Entre as empresas parceiras, estão Sami, GNDI, SulAmérica, Bradesco e Amil.
Apesar de não abrir valores atuais de faturamento ou de atendimento realizados, o objetivo da healthtech é dobrar de tamanho em um ano, e chegar ao patamar de R$ 1 bilhão em faturamento dentro dos próximos cinco.
Para reforçar os planos ambiciosos, os novos fundos a entrar na sociedade também devem cumprir um importante papel – o famigerado smart money. Além das gestoras VOX e FIR, estão na jogada o Kórtex, fundo de Corporate Venture Capital do Fleury, Sabin e Bradesco Saúde; e a Yaya Capital, o family office de membros da família Moll, que controla a Rede D’Or de hospitais.
Segundo Marcos Olmos, sócio e diretor de VC na VOX Capital, a solução da ISA atende uma demanda latente e exponencial de saúde, tanto do ponto de vista dos trabalhadores de saúde autônomos, quanto do público interessado nos serviços. ““Enxergamos na ISA um potencial enorme de impacto em diversas frentes, que vai desde a melhoria na vida dessa classe de trabalhadores, que têm a oportunidade de aumentar sua renda, como no aumento do acesso a um direito tão fundamental quanto a saúde”, destaca.