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Lastro reúne nomes experientes para brigar no mercado de proptechs

Empresa tem como sócios ex-executivos da GoWork e Blackstone, e um dos cérebros por trás do design do Nubank

Lastro
Crédito: Canva

À primeira vista, a Lastro pode parecer mais uma concorrente no disputado mercado de proptechs, com a sua solução de gestão de imóveis. Entretanto, ao ver o histórico de seus fundadores, a coisa muda um pouco de figura. De um sócio da GoWork, a um ex-executivo sênior da Blackstone, passando também por um dos primeiros funcionários do Nubank, a startup tem nomes de peso para buscar seu lugar ao sol.

A Lastro desenvolveu sua aplicação com foco em gestores e imobiliárias que buscam automatizar suas rotinas na gestão de um portfólio de imóveis. Segundo destaca a startup, a plataforma simplifica processos como acompanhamento de prazos dos contratos, a cobrança de aluguel e encargos e o monitoramento de obrigações do inquilino, atividades que em muitos casos são feitas ainda na base da planilha.

“É um trabalho repetitivo. Todos os meses estes gestores precisam calcular custos, reajustes, emitir boletos, ver questões de seguro, renovações de contratos. A nossa plataforma oferece o componente de gestão e automação destas atividades. Por exemplo, se o gestor quiser ele pode automatizar toda a parte de cobrança e só esperar o valor dos boletos cair na conta”, explica Allan Paladino, cofundador e CEO da Lastro, em entrevista ao Startups.

Allan inclusive não é um estranho aos desafios vividos pelos gestores de imóveis. Antes de fundar a proptech, ele era um dos sócios da GoWork, um dos nomes mais famosos do país quando se trata de coworking. “Lidando com proprietários de imóveis e imobiliárias, via como era complexa a gestão destes ativos”, pontua.

Para fundar a Lastro, Allan uniu forças com José Thomaz Pereira, ex-executivo sênior na área de real estate do fundo Blackstone, que também trouxe seu conhecimento na área para formular a proposta da startup. Alain Michel, fundador da rede Mundo Pet, também entrou como sócio.

A peça que completou o quadro de fundadores foi Pedro Milanez, um dos primeiros funcionários do Nubank, e que foi dos cérebros por trás da inovadora interface de uso do app do neobanco, atuando como head de engenharia mobile. Segundo Allan, Pedro foi o elemento que trouxe o design para o centro da estratégia da Lastro, assumindo a cadeira de CTO da companhia.

“Com a liderança técnica do Pedro, focamos bastante em funcionalidade, mas damos um peso importante para o design e experiência do usuário”, afirma o CEO, explicando como a Lastro quer se destacar em um mercado disputado como o das proptechs e soluções para gestão de imóveis.

Alan Palladino, CEO e cofundador da Lastro
Alan Palladino, CEO e cofundador da Lastro. Crédito: divulgação

Apesar de não abrir números de clientes, a Lastro afirma que vem registrando um bom crescimento orgânico em cerca de 1 ano e meio de mercado, sem precisar apelar para rodadas de VC até agora. Segundo Allan, a meta da companhia é bater na marca de R$ 1 bilhão em valores transacionados até o ano que vem. A receita da empresa vem da cobrança de fees e percentuais sobre transações, baseado no volume de imóveis geridos.

Uma plataforma agnóstica

Quanto à concorrência no mercado de proptechs, a Lastro quer se diferenciar através de uma postura mais “agnóstica”. Segundo o cofundador José Thomaz Pereira, enquanto a maioria das proptechs mais famosas ainda estão explorando o segmento de moradia, a Lastro quer atrair o universo de gestores imobiliários que tem outros ativos, como prédios comerciais. “Queremos focar nesta parte de mercado que ainda é carente em termos de tecnologia”, avalia José.

Por outro lado, a concorrência também está se posicionando, incluindo camadas de estão em suas suítes de serviços. Este ano a Loft comprou a Vista, plataforma que atende mais de 2 mil imobiliárias, 20 mil usuários, entre representantes de imobiliárias e corretores autônomos, e administra mais de 1,7 milhão de anúncios em todo o país.

Perguntado sobre um possível movimento de consolidação no mercado de proptechs no Brasil, Allan afirma que a Lastro está preparada, e ser agnóstico nesta hora também conta. “Pensamos em fazer nossa solução de forma aberta, com uma arquitetura interconectável, com a nossa experiência de usuário sendo o diferencial”, finaliza o executivo.

Mesmo assim, o CEO da Lastro acredita que a tal consolidação, se acontecer, ainda está bem adiante no horizonte, e enquanto isso a startup está interessada em abocanhar sua fatia do mercado endereçável. “Tem muita gente ainda operando na planilha”, finaliza Allan.