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Legathum amplia sua tecnologia de metaverso para escolas e universidades

Startup criadora de metaverso para guardar memórias e torná-las acessíveis no futuro espera faturar mais de US$ 2 mi este ano

Foto: Canva
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A Legathum (legado em latim), startup criadora de metaverso para guardar memórias e torná-las acessíveis no futuro, está expandindo o negócio para uma nova vertical de atuação. A companhia anunciou o lançamento da primeira plataforma de educação no metaverso para escolas e universidades.

O Colégio Carlos Chagas Filho, conhecido por seus 24 anos de tradição e inovação em educação em São José do Rio Preto (SP), é a escola do Brasil pioneira a incorporar a nova tecnologia educacional da empresa criada pelo brasileiro Deibson Silva no Vale do Silício.

Além de proporcionar aulas totalmente temáticas, que transportam os estudantes para os acontecimentos históricos por meio dos recursos do metaverso, as aulas teóricas serão transformadas numa aula vivencial. Avatares de personalidades históricas como Albert Einstein e Aristóteles, que tiveram as suas consciências (conhecimentos, memórias e personalidades) mapeadas e recriadas no ambiente digital, são a principal aposta para prender a atenção dos alunos.

“Escolhemos a educação porque é a base da tecnologia e dos avanços para a humanidade, e um dos campos mais interessantes e produtivos para o metaverso. Com essa tecnologia, a formação das pessoas está dando um salto único para o futuro”, afirmou Deibson Silva, fundador da Legathum, que também é neuropsicólogo.

Para a estreia, o próprio Deibson ministrou a primeira aula no metaverso para os alunos. O tema foi “Os Impactos Positivos Da Inovação Tecnológica Para As Conexões Humanas”, a aula foi realizada no fim de agosto, ao vivo do Vale do Silício, para mais de 3 mil estudantes. 

Deibson Silva, fundador da Legathum (Foto: PR & Comms – Legathum)

“Os alunos ficaram fascinados com a aula, superando nossas expectativas. Apresentei a tecnologia, e depois eles puderam assistir a aula no metaverso comandada pelo avatar do Albert Einstein”, contou Deibson em entrevista ao Startups. Segundo ele, os planos são expandir a tecnologia para outras escolas e não usar apenas personagens históricos. O professor terá um ambiente próprio no metaverso e poderá dar sua aula de forma híbrida.

Sobre a Legathum

A startup, que nasceu de um projeto de investigação do neuropsicólogo brasileiro em parceria com 12 outros profissionais formados na Universidade de Berkeley na Califórnia, tem tido aumento significativo em seu faturamento com o desenvolvimento de ambientes virtuais para empresas, e agora escolas. A projeção, ainda segundo o empresário, é faturar mais de US$ 2 milhões (ou R$ 10 milhões) até o fim do ano.

O negócio nasceu a partir de um outro projeto de Deibson criado em 2013. Um software de mapeamento de perfil comportamental que já foi usado por mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo. Depois de vender o negócio, ele começou a trabalhar na proposta de mapear a mente consciente e na criação do que ele chama de meta homo sapiens. A proposta é que as pessoas coloquem no mundo virtual suas precepções, sentimentos, experiências e conhecimento e que, por meio de uma inteligência artificial, isso ganhe vida. “Não é só uma animação, mas dar consciência mesmo”, diz.

Tendo aprendido como a pessoa pensa e age, o avatar pode assumir o legado dela no dia em que ela vestir o paletó de madeira – daí o nome da empresa ser Legathum.

A companhia começou com investimento próprio de Deibson, que vendeu a empresa de software de perfil compartamental, um outro negócio, carro e outros bens para apostar na nova iniciativa. Com 28 funcionários e presente em 4 países, a companhia está prestes a receber um “investimento milionário” de um grupo árabe. Mas ele ainda não dá detalhes sobre o aporte.