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Leoparda Electric une forças com Riba para recarga de baterias em SP

É a primeira ação da multinacional após chegar ao Brasil com aporte de US$ 8,5 milhões

Riba
Riba. Crédito: divulgação.

A Leoparda Electric, multinacional de motos elétricas fundada pelos gringos Jack Sarvary (ex-Rappi) e Billy Blaustein (ex-Tesla), está unindo forças com a startup brasileira de mobilidade Riba para oferecer um serviço de recarga de baterias em pontos de troca na cidade de São Paulo.

Com o acordo, os usuários das scooters elétricas da Riba poderão acessar os pontos de troca da Leoparda, que oferece a troca de baterias descarregadas por outras prontas para o uso. A operação tem previsão de início em novembro por meio de 3 estações próprias em regiões importantes da cidade de São Paulo.

Segundo destaca a Leoparda em nota, o número aumentará em dezembro, ampliando a capilaridade do serviço aos clientes da Riba. “A estrutura oferecida pela Leoparda vai garantir aos clientes e principalmente aos entregadores de aplicativo uma maior rede de troca de baterias”, destacou a companhia no comunicado.

A união de forças com a Riba marca o início da operação da Leoparda no Brasil, poucas semanas após anunciar sua chegada no país e receber US$ 8,5 milhões em sua primeira rodada de investimentos de fundos como Monashees, Construct Capital e Claure Capital.

“Esta aliança marca o início da nossa operação, exemplificando ao mercado como empresas de transporte podem oferecer uma frota cada vez mais sustentável, sem se preocuparem com a operação de recarga das baterias, além de beneficiar os clientes com economia no tempo de troca e ampliar os pontos de troca”, explica Billy Blaustein, cofundador e COO da Leoparda Electric.

O plano da Leoparda com a novidade é a de abranger cerca de 100 motocicletas da Riba, número que deve crescer exponencialmente a partir daí. Além disso, o executivo enxerga que a parceria das duas companhias irá alavancar os negócios de sua empresa.

“Escolhemos estrategicamente a Riba por ser referência no Brasil e estar em constante evolução. Com isso, a Leoparda Electric será capaz de implementar um modelo de negócios totalmente inédito no país de forma mais efetiva e rápida. Sem um parceiro tão bom quanto esse, o caminho seria mais trabalhoso”, afirma Billy. “Temos certeza que mais pessoas conhecerão o nosso trabalho, o que vai ser ótimo para o nosso crescimento e estabelecimento no Brasil e América Latina”, complementa.

Concorrência com a Voltz?

O modelo lançado pela Leoparda com a Riba se assemelha um pouco com o plano anunciado pela Voltz este ano, com a criação das Estações Voltz, armários em que condutores podem rapidamente trocar a bateria vazia de sua moto por uma carregada, utilizando o app da marca.

A tecnologia foi iniciada este ano também com o público de entregadores em mente, através de um piloto com o iFood, em que os motoboys tiveram a opção de comprar o modelo EVS Work sem a bateria (no caso, com uma bateria “emprestada”) por um preço reduzido: R$ 9.999.

O foco da Leoparda nos entregadores não é por acaso. Existem hoje cerca de 50 milhões de motocicletas pelas ruas do continente, sendo que o Brasil concentra boa parte desse montante. No entanto, apenas 1% delas são elétricas, segundo dados da Mckinsey.

A Leoparda Electric espera fechar seu primeiro ano de atuação com ao menos US$ 1 milhão de receita anual e mais de 1.000 clientes. A ideia é, mais para a frente, expandir o negócio para toda a América Latina.