A foodtech Liv Up enxugou seu quadro de funcionários em mais de 100 pessoas, ou 15% do total. O corte é resultado de uma reestruturação de posicionamento da companhia depois de investimentos que não deram o retorno esperado, gerando uma redução de gastos significativa, apurou o Startups com pessoas envolvidas no processo.
Na divulgação da extensão de sua rodada de série D, em setembro, a startup de alimentação saudável disse que tinha 800 funcionários. O número era 60% maior que os 500 que ela havia apresentado em junho, quando a 1ª parte da rodada foi anunciada.
Na sexta-feira, diversos funcionários da companhia fizeram posts no LinkedIn comunicando seu desligamento. Nos últimos dias, uma lista com os nomes de algumas pessoas que foram dispensadas e estão disponíveis para trabalhar circulou em grupos de WhatsApp.
Procurada, a assessoria de imprensa da Liv Up confirmou que a companhia está passando por um processo de reestruturação e que o objetivo é tornar a operação mais enxuta e focada em suas necessidades estratégicas. “Frente a um cenário macroeconômico que se configura bastante desafiador, a empresa reforça que desde o início da pandemia esteve atenta às mudanças intensas nos hábitos dos consumidores, no cenário competitivo e nos movimentos dos mercados”, informou a companhia em nota.
Com isso, a Liv Up pretende aplicar os recursos da rodada de investimento em projetos mais aderentes à realidade atual. “O momento agora requer foco para manter a intensidade e propósito na construção de uma das maiores marcas de alimentação saudável do país”, disse a companhia.
Notícias Relacionadas
Bitcoin
Com Trump, cripto atinge o patamar das Magnificent Seven
Bitcoin já superou o valor de mercado de Tesla e se aproxima da Meta. Market cap global de cripto ultrapassou US$ 3 tri, patamar da Nvidia
Cripto
Dogecoin dispara: Elon Musk wins, mas a que preço?
Criptomoeda valorizou 115% em uma semana, mas detratores do bilionário relembram acusações de pump and dump
Sobre as pessoas que foram desligadas, a foodtech disse que vai tomar todas as medidas necessárias para fazer a transição delas “da forma mais humanizada e com todo o suporte possível para diminuir o impacto e apoiar a equipe em uma recolocação no mercado”.
Histórico
A Liv Up começou a operar em 2016 vendendo comida congelada usando um processo de ultracongelamento que mantém o sabor e as características nutricionais dos alimentos. Com o apelo de praticidade, bem-estar, com o uso de ingredientes orgânicos e apoio a pequenos produtores rurais, a foodtech cresceu e ampliou sua atuação, adicionando a entrega de produtos frescos, saladas e pizzas.
Em 2021 a Liv Up levantou uma rodada de série D de R$ 230 milhões, que foi dividida em duas partes: uma de R$ 180 milhões em junho liderada pela Lofoten Capital, que foi acompanhada por investidores que já estavam no captable, como ThornTree Capital e Kaszek; e uma extensão de R$ 50 milhões, em setembro, capitaneada pela Globo Ventures.
Com a bolada, a foodtech passou dos R$ 300 milhões captados em 5 anos de vida. No anúncio da extensão, Ao Pipeline, o cofundador da companhia, Victor Santos, disse ao Pipeline que a receita tinha dobrado em 2020 e que a expectativa era dobrar novamente em 2021.
Em entrevista ao Startups em 2020, Victor disse que a Liv Up estava surfando a boa onda da mudança de hábitos da população durante a pandemia, com uma busca por mais conveniência e por uma alimentação mais saudável.
