Em seu primeiro grande movimento estratégico depois dos ajustes em sua operação, a Loggi colocou no ar hoje um novo braço de atuação, o Loggi Fácil. Com o serviço, pessoas físicas e pequenas empresas poderão receber e enviar pacotes para todo o Brasil agendando a coleta pelo aplicativo.
A modalidade está disponível a partir de hoje em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, Ribeirão Preto e Londrina. A expansão acontecerá gradualmente ao longo do ano. Atualmente são duas janelas de agendamento ao longo do dia, também com previsão de ampliação. Dependendo da cidade, o pedido pode ser feito até 45 minutos antes da coleta. Hoje a Loggi tem operação própria em 4 mil cidades, e complementa sua malha por meio de uma parceria com os Correios para chegar às 1.568 restantes.
O novo serviço representa uma espécie de volta às origens para a logtech, que nasceu em 2013 como um serviço de entrega ponta a ponta para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, e acabou crescendo com o atendimento de grandes players.
“O consumidor brasileiro não faz muitos envios para fora de sua cidade por conta da complexidade do processo. Então isso abre o leque para muitas coisas novas”, diz Grégoire Balasko, vice-presidente da Loggi. O executivo cita como referência de potencial os EUA, onde as pessoas enviam cerca de 65 pacotes por ano. No Brasil esse número é entre 6 e 7. “É um mercado com potencial para crescer 10 vezes”, diz.
Segundo ele, a expectativa é que o Loggi Fácil atinja um volume de 1 milhão de entregas por dia nos próximos anos. Hoje, a companhia faz 500 mil entregas por dia em suas duas modalidades de atuação – seu produto original, de entrega ponta a ponta, e a oferta para grandes empresas e marketplaces.
Em desenvolvimento desde o fim de 2021, o Loggi Fácil é um novo investimento feito em um momento de mais restrição e busca por eficiência. De acordo Grégoire, ele se encaixa bem neste contexto. A ideia é que, com o uso de tecnologia para roteirização e agrupamento de coletas e com o aumento do volume, a Loggi consiga ser mais eficiente em termos de custos e também oferecer preços competitivos para os consumidores.
“Fizemos uma série de ações voltadas a aumentar a eficiência operacional, priorizando grandes desafio estratégico para atender um mercado que mudou mundo e lidar com um ambiente mais desafiador. E os ajustes estão trazendo frutos. Crescemos quase 50% na comparação com o ano passado”, conta.
De acordo com ele, o cenário de curto prazo com inflação e o mercado de capitais menos receptivo é complicado, mas a perspectiva de longo prazo para o mercado de logística é crescimento. “Então focamos em eficiência operacional e no que vai fazer da Loggi a empresa mais relevante em envios no Brasil”, diz.