Em junho deste ano, o Startups publicou – com certa surpresa – a notícia da aquisição da fintech catarinense Transfeera pela PayRetailers, fintech espanhola de atuação global na área de pagamentos. Pois bem, a operação foi oficializada nesta semana, com a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Banco Central para a compra.
A PayRetailers obteve do Banco Central, em abril, licença para atuar como instituição de pagamento (IP). Com a aquisição da Transfeera, a empresa passa a ter acesso direto ao Pix, além de fortalecer sua estrutura regulatória e de gestão de riscos no Brasil, ampliando também suas oportunidades com Open Banking.
A fintech catarinense traz mais de 500 novos clientes para a PayRetailers no Brasil e no mundo. Com atuação em mais de 20 países da América Latina e da África, a espanhola pretende ampliar o atendimento às companhias brasileiras em 2025. A Transfeera seguirá operando com seus serviços normalmente e fará parte do grupo da multinacional.
“Estamos entusiasmados com as oportunidades que essa aquisição traz e confiantes de que a Transfeera se tornará ainda mais robusta e competitiva. A segurança, que sempre foi um pilar fundamental da Transfeera, agora se estende a novos mercados, como o de apostas esportivas. Nosso objetivo é oferecer a mesma segurança e qualidade que sempre entregamos aos nossos parceiros e clientes também a esses novos setores”, afirma Juan Pablo Jutgla, fundador e CEO da PayRetailers.
Fundada em 2017, em Joinville (SC), a Transfeera fornece soluções de pagamentos para empresas, oferecendo aos clientes meios como boleto com QR Code, pagamentos e recebimentos via Pix, e centralizando todas as entradas e saídas de dinheiro. Recentemente, a fintech foi autorizada pelo Banco Central a operar como Instituição de Pagamento
“Essa aquisição nos proporciona acesso a uma ampla gama de meios de pagamento na América Latina e na África, através de uma única API, em mais de 20 países e 250 métodos de pagamento. Com isso, estamos ainda mais bem posicionados para fortalecer nossas vantagens competitivas no mercado. Juntos, buscamos acelerar nossa jornada de inovação tecnológica, oferecendo soluções inovadoras, seguras e eficientes para atender às demandas do mercado”, diz Fernando Nunes, co-fundador e CEO da Transfeera, em nota.
A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios Pinheiro Neto Advogados e BMA Advogados, enquanto a assessoria financeira estratégica foi prestada pelas empresas Royal Park Partners e RGS Partners (CDI Global Partner no Brasil com colaboração da CDI Global Latin America), cada um para comprador e vendedor, respectivamente.