A nstech continua com sua estratégia de crescimento na base de aquisições. Já uma gigante do setor logístico, a companhia agora anunciou, de uma só vez, duas novas compras: por um valor não divulgado, ela adquiriru a Log.One e GBM, dois players nacionais de tecnologia para terminais multimodais e gestão de pátio.
Segundo destacou a nstech em nota, com a incorporação das soluções, a empresa aumenta em 10 vezes seu crescimento na gestão de terminais logísticos. Além disso, a logtech frisa que o movimento acompanha a estratégia de desenvolvimento de soluções integradas a partir de necessidades reais de clientes, responsável pelo salto da receita recorrente anual (ARR) de R$ 800 milhões, em 2023, para R$ 1 bilhão em 2024.
Com 25 anos de mercado, a Log.One é especializada em logística e gestão de terminais multimodais atendendo alguns dos maiores operadores do Brasil, como Ferroport, TGG, Porto Açu e Bunge. Já a GBM é focada em tecnologia tecnologia para produtividade e automação de operações em terminais e portuárias, atendendo empresas como Rumo, ADM, Bunge, Amaggi, entre outras.
Segundo Vasco Oliveira, CEO e fundador da nstech, as soluções de TOS e YMS ainda possuem pouca penetração na América Latina, e isso impacta nas operações. “Em países mais desenvolvidos, por exemplo, a capacidade de portos e terminais é superior e uma das razões é a utilização deste tipo de tecnologia. É isso o que queremos fazer em território nacional”, avalia Vasco.
“Com a combinação das soluções de YMS, Agendamento, TOS, Produtividade e Automação, a nstech terá uma oferta única, capaz de dar visibilidade e melhorar a produtividade das operações da origem ao porto e vice-versa”, completa o CEO.
Com as duas novas compras, a nstech chega a 33 M&As em sua trajetória, totalizando mais de R$ 1,6 bilhão em investimentos desde a sua fundação em 2021, quando surgiu a partir de um investimento de R$ 500 milhões liderado pela gestora sueca Greenbridge e pela Tarpon, por meio de seu veículo Niche Partners.
Atualmente a nstech já soma mais de 75 mil clientes, com presença em 15 países (Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, EUA, Paraguai, Panamá, Peru, Portugal, Venezuela e Uruguai) e R$ 15,5 trilhões em mercadoria gerenciada por ano.
Com sua estratégia de crescimento inorgânico, o olhar da nstech está no mercado internacional. Em entrevista exclusiva ao Startups no fim do ano passado, Vasco Oliveira destacou que segmento global de supply chain é um gigante que movimenta cerca de US$ 24 bilhões. “A maior empresa do mundo neste setor fatura US$ 1,2 bilhão, para ter uma ideia do quanto o mercado é fragmentado”, explicou, dando uma tamanho do mercado além do Brasil.
Para escalar nos próximos anos, um dos planos na mesa da nstech é um IPO nos Estados Unidos, entretanto a empresa quer esperar por condições mais favoráveis no mercado e chegar a uma receita um pouco mais robusta, de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhão de ARR.