A Rappi anunciou hoje (10) a compra da Box Delivery, startup brasileira de entregas rápidas com foco no mercado de food service. A aquisição, de valor não divulgado, visa fortalecer a atuação da Rappi no país e turbinar as entregas no app.
Em comunicado, a Rappi ressalta que o modelo de negócio das companhias é complementar e que as operações serão integradas gradualmente. “O crescimento da Rappi no mercado brasileiro e na América Latina tem sido constante e consistente nos últimos anos. A aquisição de uma empresa especializada em last mile só reforça a potencialidade da Rappi no Brasil, que é um mercado prioritário para nós e ganha ainda mais protagonismo agora”, afirma Sebastian Mejia, fundador da companhia.
A Box Delivery foi criada em 2016 por Felipe Criniti e tem forte atuação no mercado B2B, fazendo com que a aquisição seja uma grande novidade para o atendimento dos parceiros da Rappi e para o mercado de delivery como um todo. “Nosso foco sempre foi e continuará sendo atender os clientes, entregadores e o food service da melhor forma possível, de modo que todos os envolvidos sejam beneficiados. Meu objetivo é continuar favorecendo todo ecossistema, de entregadores aos restaurantes. Unir nossa expertise com a multiverticalidade da Rappi é a chave para garantir que nosso cliente não espere um minuto a mais que o necessário”, pontua Felipe.
Regras do Cade
Segundo apurou o Startups, burburinhos da aquisição já vinham acontecendo no mercado desde fevereiro. A iniciativa da compra ocorre logo após o Cade firmar um acordo com o iFood que restringe que o aplicativo de entregas feche contratos de exclusividade com restaurantes. A decisão do Cade foi vista como uma vitória para o unicórnio colombiano, principal rival do iFood no mercado nacional, ao considerar que a medida garantirá uma concorrência mais justa e equilibrada no setor.
No mesmo mês, a CEO da Rappi no Brasil, Tijana Jankovic, disse em entrevista ao Startups que as novas regras estabelecidas pelo Cade “permitem que as participações no mercado sejam delimitadas de uma forma que nunca antes foi feita no mercado de delivery.” “Não é algo que vai redistribuir o market share magicamente, mas vai ajudar a balancear o mercado”, completa. Limitando os contratos de exclusividade do iFood, mais restaurantes estarão em diferentes plataformas. Segundo a executiva, com o mercado mais nivelado, a competição deixa de ser pelas opções exclusivas e sim por meio de diferentes estratégias.
Desde que chegou ao Brasil, a Rappi tem investido no país, nos parceiros, nos talentos e no desenvolvimento de uma plataforma que possibilita que milhões de pessoas possam realizar suas compras online por meio da intermediação entre consumidores, fornecedores e entregadores independentes. A companhia afirma que irá continuar investindo em seu crescimento por aqui.
“Essa aquisição foi mais um passo em direção do que queremos ser no país. Há muito espaço para crescimento no delivery brasileiro e estamos comprometidos com esse mercado, que é muito importante para nós. Inovação faz parte do DNA da Rappi. Vimos isso no conceito de multiverticais, no lançamento de Turbo e até no programa Prime. Seguiremos inovando, agora com ainda mais força”, diz Sebastian.
O acordo da aquisição já foi firmado e submetido ao Cade. A autarquia fará a avaliação da aquisição até a conclusão completa do negócio.