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Magalu amplia serviços financeiros ao comprar a processadora de cartões Bit55

Divulgação
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O Magalu deu mais um passo na expansão de seus serviços financeiros com a compra da Bit55, plataforma de tecnologia para processamento de cartões em nuvem criada pelo banco digital BS2. A transação, que não teve o valor divulgado, complementará os serviços oferecidos pela Hub Fintech, adquirida pelo varejista em dezembro/20.

Agora, a Hub poderá emitir aos seus clientes cartões de crédito e débito, além dos atuais cartões pré-pago e as contas digitais. A plataforma oferece serviços que somam 4 milhões de contas digitais e cartões pré-pagos ativos e que, apenas no ano passado, movimentaram quase R$ 7 bilhões.

Em fato relevante a empresa ressalta que a Bit55 possui capacidade de processamento de mais de 2 mil transações por segundo, o que garante um tempo de resposta muito rápido e uma melhor experiência de compra aos clientes. A tecnologia proprietária da plataforma foi desenvolvida ao longo dos últimos dois anos por uma equipe especializada em produtos financeiros digitais.

Como de praxe, a compra da Bit55 ainda precisa da aprovação do CADE para ser concluída.

Foco no B2B

A notícia da venda da Bit55 vem um dia depois de o BS2 anunciar a compra da fintech WEEL, que atua na oferta de crédito para empresas brasileiras. Em 2020 ela atingiu a marca de R$ 1 bilhão em operações de crédito, com mais de 15 mil clientes em sua base. A transação, que não teve o valor revelado, é a 1ª de  Marcos Magalhães, que assumiu como CEO e membro do conselho de administração dono início de maio, e “consolida a estratégia do banco de criar uma oferta de valor integrada para PMEs, unificando jornadas de serviços financeiros e crédito”, para ser “o primeiro neobank B2B do Brasil”, disse o BS2 em comunicado. A fila de quem quer ocupar esse posto, na verdade, é bem longa, com nomes como Conta Simples, Cora, Linker e BTG.

Crescimento exponencial

A Bit55 é a 7ª empresa comprada pelo Magalu em apenas 6 meses. Este ano, os canais de conteúdo, Steal The Look e Jovem Nerd passaram a integrar o ecossistema digital da companhia, além do ToNoLucro e GrandChef do setor de delivery, VipCommerce da categoria mercado e a SmartHint, especializada em ferramentas de busca inteligentes.

A enxurrada de aquisições é resultante do bom momento vivido pelo varejista, que aposta em novos mercados e no modelo multicanal. Mesmo em um período crítico de pandemia, o Magazine Luiza encerrou o ano passado com o maior faturamento de sua história: R$ 43,5 bilhões. A cifra representa um crescimento de 60% na comparação com 2019.

Já no 1º trimestre de 2021, a empresa lucrou R$ 81,5 milhões e suas vendas cresceram 63% somando R$ 12,5 bilhões. Considerando as vendas digitais, estas aumentaram mais de 121% comparado a igual trimestre de 2020.