Depois de comprar as fintechs Bit55, Stoq e Hub Fintech, o Magalu juntou os negócios debaixo de um único guarda-chuva que reúne adquirência, serviços financeiros, banco como serviço e crédito. A Fintech Magalu, como foi batizada (criativo, né?), também vai agregar a Luizacred, o braço de serviços financeiros do grupo, criado há 20 anos.
Nas contas de Robson Dantas, cofundador da Bit55, que agora encabeça a Fintech Magalu, a operação nasce como umas das 10 maiores fintechs do Brasil, somando 16 milhões de clientes, 9 milhões de contas digitais, além de 7 milhões de cartões de crédito. Em 2021, o volume total de transações processadas passou de R$ 65 bilhões.
Os números incluem tanto as operações feitas dentro do Magalu quanto dos 50 clientes atendidos pela Hub Fintech. Segundo Robson, a Fintech Magalu vai continuar a trabalhar com outras empresas do mercado – como a CargoX.
“É hora de consolidar as compras feitas nos últimos tempos e mostrar ao mercado de forma única esse braço de atuação. Estamos em um momento superconfortável para falar do que temos trabalhado”, disse Robson, durante encontro virtual com jornalistas hoje pela manhã.
Além da consolidação das operações sob a nova marca, Robson apresentou dois novos produtos: empréstimos pessoais para pessoas físicas diretamente pelo aplicativo e um cartão de crédito direcionado aos 160 mil vendedores do marketplace da companhia. Ele também disse que em breve o site de eletrônicos Kabum! passará a operar como iniciador de pagamentos, trazendo uma melhor experiência para quem faz pagamentos usando Pix. “Conectar as pontas dentro do ecossistema do Magalu. Esse será um dos grandes investimentos que vamos fazer daqui pra frente”, disse.
Os movimentos parecem ter agradado o mercado. As ações da companhia – que lutou nos últimos anos para ser vista como uma empresa de tech, não apenas um varejista convencional, estão sendo penalizadas como as outras do setor dentro do movimento de correção do mercado – operam em alta de 3,3%. No ano, a queda acumulada é de 39,5%.
Perguntado se o apetite do Magalu por aquisições será mantido ao longo de 2022, trazendo novas peças para compor as ofertas da Fintech Magalu, Robson disse que não dá para prever o futuro, nem dizer que não, mas que na cabeça dele, e da operação, a compra de novos negócios não está nos planos. “Compramos muitas empresas e estamos no momento de conseguir integrar, botar para rodar, deixar perfeito. O ano é de colocar pra funcionar e ir atrás de monetização, evolução de tecnologia. Temos muito trabalho e oportunidade para explorar dentro e fora do grupo”, avaliou.