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Mago, ‘iFood da construção’, prevê crescer 250% com expansão para SP

Startup recebe a lista de compras, busca e compara os melhores preços com os fornecedores, e organiza a entrega

Foto: Freepik
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Depois de superar R$ 8 milhões em vendas, a startup carioca Mago pretende ampliar seu faturamento em 250% até o fim do ano, com a expansão do negócio para São Paulo. Criada em 2019 para ser o ‘iFood de compras de materiais de construção’, a Mago facilita a rotina dos construtores, sendo seu setor de compras sob demanda. 

Na prática, por meio de sua plataforma, a startup recebe a lista de suprimentos para a obra, busca os melhores preços e condições com os fornecedores, compara os valores e organiza a entrega. Por negociar em maior volume, a Mago consegue valores mais atrativos com os fornecedores e gera a economia de até 12% ao total – já descontada a taxa de serviço.

A proptech Tabas, por exemplo, quando começou a operar no Rio de Janeiro, fez todas as compras de material para a reforma dos apartamentos pela Mago. Segundo Bruna Bertino, fundadora da Mago, a Tabas economizou 11,5% do valor total, mesmo com a taxa de serviço. A startup já teve mais de 10 mil pedidos e 1.100 obras atendidas na capital carioca.

“Queremos ser o braço de compras do construtor, para que ele não se preocupe com esse setor e possa focar na atividade principal dele, que é a obra em si” diz Bruna. Enquanto no RJ a startup começou gerando a demanda e procurando fornecedor, agora em São Paulo já existe uma grande demanda. “As vendas em SP devem bater as do Rio em no máximo 6 meses. É um mercado 5x maior, com mais sede de inovação, oportunidade para entregar valor com qualidade de vida para o trabalhador da construção civil”, acrescenta ela.

Bruna Bertino, fundadora da Mago (Foto: Divulgação)

Longe da crise dos marketplaces B2B

Enquanto a crise dos marketplaces B2B do setor assola algumas startups como a Oico, que decidiu dar um tempo em seu modelo de negócios original, a Mago não se preocupa com o cenário.

Segundo Bruna, a startup não chega a ser um marketplace com produtos de prateleira e sim o braço de compras do construtor. O cliente manda a lista de compras, a Mago monta o carrinho, manda de volta o orçamento e organiza a entrega.

“Fiquei bem triste com a notícia da Oico, eles estavam indo bem, mas pararam de fato de acreditar no modelo. O que me tranquiliza é que temos um modelo diferente, somos intermediadores da compra, já eles faziam tudo: estocavam, revendiam, entregavam e davam crédito. Assumiram muita coisa em um momento desfavorável”, avalia Bruna.

Até agora a Mago recebeu R$ 1 milhão em aportes. Foram R$ 250 mil de investidores anjo do Startup Weekend e Founder Institute, em 2021, e no fim de 2022, quando a startup bateu R$ 470 mil em vendas/mês fechou rodada de R$ 800 mil com a Urca Angels, dinheiro que vem sido investido em time de vendas e melhorias na plataforma.