A Turbi, locadora de veículos 100% digital, está pronta para acelerar em 2025. A empresa terminou o ano passado com uma Série D de R$ 72 milhões, alcançou o breakeven e, em outubro, já tinha feito uma emissão de debêntures onde captou R$ 250 milhões. Com grana no caixa, agora a empresa quer se firmar como uma das maiores do setor.
Em nota, o CEO Diego Lira pontuou que um dos principais passos a partir desta capitalização é a transição para uma frota 100% própria. Segundo o executivo, a mudança é é um passo fundamental para otimizar a eficiência operacional e impulsionar a rentabilidade da empresa.
“Essas captações permitiram que a Turbi expanda sua frota para mais de 5 mil veículos. Além disso, com o breakeven atingido em dezembro de 2024, alcançamos um marco importante para sustentar nosso crescimento no longo prazo”, destaca o CEO, em comunicado.
Além disso, na nota, o CEO afirma que, com os esforços de crescimento, a Turbi deve se firmar como a quarta maior locadora B2C do país, mas ainda tem um longo caminho para alcançar nomes como Localiza, Movida e Unidas, que dominam o mercado com frotas muito maiores, na casa das centenas de milhares de veículos. Aliás, antes de ter uma frota 100% própria, a Turbi chegava a sublocar carros com a Localiza e Movida.
Captações constantes
Para sustentar o ritmo de crescimento esperado, a Turbi tem planos de captar cerca de R$ 1 bilhão ao longo de 2025 para expandir sua frota, apostando em operações como FIDCs e emissões de debêntures para isso. No ano passado, a companhia levantou mais de R$ 634 milhões, ao todo.
Com o aumento de frota, e um foco redobrado na sua atuação na região metropolitana de São Paulo, a expectativa da Turbi é aumentar a sua receita com locação de veículos em 40%. A companhia não abre números de faturamento.
Além disso, tem o aporte em equity – os investidores não foram divulgados pela empresa, mas segundo apurou o Startups, tem cheques de fundos já presentes no captable da startup, como DOMO e ARC Capital. Com o cheque da Série D, a empresa também quer investir em tecnologia.
Segundo pontua Diego Lira, a empresa investe continuamente no aprimoramento de seu hardware proprietário – que permite, por exemplo, abrir o carro pelo celular – e na implementação de sistemas avançados, como precificação dinâmica inspirada em benchmarks globais.
“Estamos integrando funcionalidades que otimizam a gestão de risco da frota e fornecem insights valiosos sobre os veículos e condutores. Isso nos permite precificar melhor e entregar uma experiência superior ao cliente”, destaca o CEO.
Revenda de semi-novos
Outro foco da Turbi para 2025 é o de continuar sua operação de revenda de seminovos, uma nova fonte de receita que ajudou a companhia a chegar no breakeven no ano passado. Aliás, segundo Diego, o plano é dar ainda mais tração à essa frente de negócio, contribuindo significamente para a diversificação e aumento de receita.
Desde o início da operação, no ano passado, a companhia vendeu mais de 1,2 mil veículos, o que representou um ganho de R$ 100 milhões à sua receita anual.
“Evoluímos significativamente tanto operacional como financeiramente. Vamos entrar em 2025 na melhor fase de nossa história, com um balanço mais robusto, resultados crescentes e geração de caixa beneficiados tanto pelo crescimento de frota como também pela consolidação da nossa posição como líder em inovação e eficiência no setor de locação de veículos no Brasil,” conclui o CEO, em comunicado.