Eduardo Portelada, (diretor de RI), Daniel Prado (CEO) e Mario Liao(CFO) | Foto: Divulgação
Turbi: Eduardo Portelada, (diretor de RI), Daniel Prado (CEO) e Mario Liao(CFO) | Foto: Divulgação

A Turbi, startup locação de veículos, anunciou uma captação de R$ 156 milhões em debêntures para financiar a compra de novos carros e acelerar seu crescimento. A emissão teve como principal investidor o Banco Itaú, que aportou R$ 125 milhões, com participação da japonesa Credit Saison.

A operação contou com o envolvimento de diferentes áreas do Itaú — incluindo o book proprietário da tesouraria, o balanço do próprio banco e a gestora Itaú Asset.

“Contar com a participação desses investidores representa um selo importante da qualidade de crédito da Turbi, já que são bolsos historicamente reconhecidos no mercado pela seletividade e rigor analítico”, afirma Eduardo Portelada, diretor de Relações com Investidores da Turbi.

A startup terminou o ano passado com uma Série D de R$ 72 milhões, com o objetivo de fazer a transição para uma frota 100% própria. Em outubro, já tinha feito uma outra emissão de debêntures onde captou R$ 250 milhões.

Frota recorde

Com o novo aporte, a Turbi atinge uma frota recorde de cerca de 7 mil veículos, o que representa crescimento de mais de 100% em relação a setembro de 2024. Segundo o cofundador e CEO Daniel Prado, o momento é o melhor da história da empresa, tanto em performance operacional quanto financeira.

Com modelo 100% digital, a Turbi oferece aluguel por hora, diária ou assinatura mensal, sem necessidade de contato humano ou balcão físico. Os carros estão distribuídos em cerca de 300 estacionamentos parceiros que operam 24 horas em 12 cidades da Grande São Paulo.

“Estamos dobrando de tamanho a cada ano e atingindo margens recorde de receita e lucratividade. Esta transação também marca nosso maior financiamento de frota com um dos maiores bancos do país”, diz Daniel.

Atualmente na quarta posição entre as maiores locadoras B2C do Brasil, a Turbi projeta encerrar 2025 com receita próxima a R$ 500 milhões. No primeiro semestre deste ano, a empresa registrou EBITDA de 58% na unidade de locação (RAC), cerca de 20 pontos percentuais acima da média das locadoras tradicionais com frotas equivalentes.

Seminovos como motor de receita

Além do aluguel digital, a Turbi tem reforçado sua vertical de venda de seminovos — que já responde por cerca de 30% da receita total. Em 2024, foram comercializados 1,3 mil veículos; para este ano, a expectativa é ultrapassar os 2 mil carros vendidos, com 70% das vendas no canal B2C.

A empresa inaugurou em outubro duas novas lojas físicas voltadas ao consumidor final, parte da estratégia para aumentar o valor médio de venda por carro, aproximando-se de 100% da tabela FIPE.

“A expansão do canal B2C é uma das principais alavancas de crescimento da vertical de seminovos para 2025. Operamos com veículos mais novos, menos depreciados e com maior valor percebido pelo consumidor”, explica Eduardo.