A Uber uniu-se à startup de aluguel de bicicletas Tembici, que opera as conhecidas bikes laranjas do Itaú, para disponibilizar bikes comuns e elétricas em sua plataforma de mobilidade. A ideia é que os usuários da Uber na América Latina possam se deslocar pela cidade de forma conveniente e sustentável, sem fazer uso do carro.
Nas próximas semanas, os usuários da Uber poderão visualizar as bicicletas da Tembici e Itaú disponíveis para desbloqueio e em qual estação elas estão localizadas, além do trajeto permitido e a estação mais próxima ao destino para a devolução das bikes. O projeto será lançado no Recife, com uma expansão para Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, em breve. Depois, as demais cidades na América Latina onde a Tembici atua, como Santiago, Buenos Aires e Bogotá, serão incluídas.
“As duas maiores empresas de transporte compartilhado da América Latina nos seus segmentos possuem o objetivo de revolucionar a mobilidade das cidades, o que foi o ponto de encontro para essa iniciativa”, diz Tomás Martins, CEO da Tembici, ao Startups. Ele explica que o objetivo da companhia ao buscar parceiros é sempre colocar a bicicleta em evidência, fazendo com que as pessoas repensem seus deslocamentos, facilitando a integração modal e estabelecendo o melhor uso de todas as alternativas de transporte.
O executivo define a parceria com a Uber como de enorme importância, ressaltando que a companhia tem mais de 30 milhões de usuários na América Latina. “60% dos deslocamentos nos grandes centros urbanos são de até 5 km. Portanto, podem ser realizados de bicicleta. O impacto tende a ser muito significativo tanto para usuários que passam a ter uma alternativa eficaz e econômica para seus trajetos, quanto para Uber e Tembici em questão de negócio e para as cidades que se tornam mais sustentáveis e inteligentes”, pontua.
Resultados esperados
A Uber assumiu o compromisso de se tornar uma plataforma com emissão zero até 2040. A companhia está trabalhando para que, no mundo todo, 100% das viagens do app sejam feitas em veículos sem emissão de carbono, ou por meio de transportes públicos e de micromobilidade, como as bicicletas. A parceria com a Tembici reforça o posicionamento da empresa para atingir esse objetivo.
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Para a Uber, a parceria mostra o papel importante que as opções sem carro desempenham cada vez mais na estratégia da empresa. “Estamos felizes em utilizar o poder da nossa plataforma para levar as bicicletas comuns e bicicletas elétricas compartilhadas da Tembici aos usuários da Uber na América Latina ao toque de um botão”, afirma Annie Duvnjak, chefe global de micromobilidade da empresa, em comunicado.
Segundo Tomás, a iniciativa da Uber vai ao encontro do propósito da startup de micromobilidade, que ao longo dos anos foi responsável pela economia potencial de 38 mil toneladas de CO2. “A parceria não apenas auxilia a organização com seus compromissos socioambientais, como também coloca a bicicleta compartilhada como alternativa para viagens em um dos maiores aplicativo de mobilidade compartilhada do mundo”, diz o executivo.
A Tembici projeta fechar 2023 com mais de 30 mil bicicletas na América Latina, incluindo mais de 10 mil elétricas. “Seremos a primeira empresa do mundo com bicicletas compartilhadas em modelo de estações fixas a disponibilizar as bikes no aplicativo da Uber e entendemos o potencial dessa iniciativa. Prova disso é que aumentaremos em 50% o números de bicicletas em nossos sistemas, sendo que mais de 10 mil serão elétricas, e com isso teremos 30 mil bikes até o fim de 2023”, afirma o CEO.
Em fevereiro, a startup fechou uma linha de financiamento de R$ 160 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aumentar sua frota de bicicletas elétricas e comuns no Brasil, além de ampliar investimentos em tecnologia e inovação. Na época, a companhia anunciou que iria expandir o serviço nas cidades onde já opera, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, e chegar a novas praças como Curitiba, Florianópolis e Belo Horizonte em 2023.
“Nossas parcerias são fundamentais para que cada vez mais pessoas possam acessar as bicicletas. Elas tornam a bicicleta mais viável para os usuários, ajudam a colocar mais bikes na rua e promovem a abertura de diálogo com muito mais pessoas. Foi assim com o Itaú na última década, com o iFood em um importante projeto para a ciclologística, e agora com a Uber“, finaliza Tomás.
