Para aqueles com saudades dos patinetes elétricos em São Paulo – como é o caso do nosso editor-chefe Gustavo Brigatto – a espera acabou. A Whoosh, startup russa que já tinha iniciado operações no três capitais brasileiras, anunciou o início de sua atuação na “terra da garoa”.
Segundo destacou a companhia em nota, ela obteve as certificações do Comitê Municipal do Uso do Viário (CMUV), da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Secretaria Municipal das Subprefeituras, garantindo sua conformidade com as regulamentações locais.
Para a nova operação em São Paulo, a empresa está fazendo o seu maior investimento no Brasil até o momento, com um aporte de R$ 50 milhões. Desde que desembarcou no Brasil no fim do ano passado, a companhia desembolsou cerca de R$ 70 milhoes para montar suas frotas no Rio de Janeiro, Florianópolis e Porto Alegre.
Neste primeiro momento, a startup europeia instalará 1 mil equipamentos com cerca de 88 pontos de estacionamento em diversos bairros da subprefeitura de Pinheiros, incluindo Itaim Bibi, Pinheiros e Jardim Paulista. Segundo a empresa, a expectativa é aumentar o número de patinetes em até 3.5 mil nos próximos meses, além de ampliar a área de atuação para mais bairros, nas zonas Sul, Oeste, Norte e Centro.
Com este plano agressivo para São Paulo, a Whoosh quer aumentar de forma massiva a sua base de usuários, que até o momento soma cerca de 500 mil pessoas. Globalmente, a startup tem mais de 160 mil patinetes elétricos espalhados em 42 cidades ao redor do planeta.
Segundo destaca a companhia, o serviço estará disponível 24 horas por dia, com uma taxa de desbloqueio de R$ 2 e um custo adicional a partir de R$ 0,67 por minuto. Além disso, o usuário poderá também contratar pacotes de minutos, onde poderá aproveitar de valores menores por minuto e ainda contratar serviços como Whoosh Pass, para quem deseja ser usuário recorrente.
Para conquistar a aprovação para operar em São Paulo, a Whoosh investiu para que seus patinetes elétricos atendenssem a regulamentações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Além disso, a empresa trabalhou em proximidade com a prefeitura local para garantir a máxima eficiência dos equipamentos.
“Cada ponto de estacionamento e área de operação foi cuidadosamente planejado em parceria com as autoridades locais para atender às necessidades da cidade e de seus moradores,” afirma explica Francisco Forbes, CEO da marca no Brasil, em comunicado.
A chegada da Whoosh em São Paulo preenche uma lacuna presente na cidade desde 2022, quando a Grow (empresa que nasceu da fusão da Yellow com a Grin) entrou em processo de recuperação judicial, até que teve a sua falência decretada pela Justiça de São Paulo no ano seguinte.
“Nosso compromisso é proporcionar uma experiência de mobilidade que seja prática, segura e sustentável. Vamos trabalhar em conjunto com as autoridades para garantir que as patinetes elétricas sejam uma adição positiva à infraestrutura de transporte de São Paulo, contribuindo para uma cidade mais inteligente e sustentável”, finaliza Francisco Forbes.