A plataforma de mobilidade urbana 99, que faz parte da empresa chinesa de transporte Didi Chuxing, demitiu mais de 75 funcionários na última semana. Em sua página no LinkedIn, a companhia indica ter cerca de 3.700 funcionários, o que representaria um corte de 2% na base. Em uma lista provisória já consta 77 funcionários desligados. As demissões afetaram a área de experiência e relacionamento do cliente (CX).
Ao Startups, a companhia confirmou que houve desligamentos, mas não informou o número de funcionários afetados:
“Para atender às necessidades dos nossos usuários e do nosso negócio, que evoluem rapidamente, tivemos que tomar algumas decisões difíceis sobre o modelo operacional e a estrutura do nosso departamento de relacionamento com o cliente, com foco em maior escala e maior flexibilidade. Isso envolveu uma readequação do nosso time interno, ao passo em que ampliamos nosso escopo com os atuais parceiros. Com isso, um grupo de funcionários impactados passou por processo de realocação para outros departamentos, enquanto outro infelizmente teve que deixar a companhia”, afirmou a 99, em nota.
“Nossa prioridade tem sido trabalhar ao máximo para cuidar das pessoas impactadas por esse processo, o que inclui a oferta de um pacote de desligamento alinhado com as melhores práticas de mercado, incluindo consultoria de outplacement. Além disso, também mobilizamos três empresas parceiras para uma iniciativa de listagem de diversas vagas, em diferentes níveis, abrindo portas para que esses talentos encontrem mais rápido suas próximas oportunidades”, acrescenta a 99.
A 99 fez história no país ao se tornar o primeiro unicórnio brasileiro. O feito veio em 2018, quando a aquisição pela Didi foi concluída. Um ano antes, a companhia havia levantado US$ 100 milhões da gigante chinesa com o fundo norte-americano Riverwood Capital. Quem também decidiu investir na 99 foi o SoftBank, que injetou mais US$ 100 milhões na startup brasileira em maio de 2017.
As demissões na 99 seguem os ajustes feitos em outras empresas de alto crescimento no ecossistema. Recentemente, as levas atingiram empresas como a Provi, Quanto, Casai, Daki, Goomer e Alice. Os unicórnios Loft, Ebanx, VTEX e Facily também enxugaram a operação.