Negócios

Neoway e B3 lançam programa para potencializar startups

Smart terá duas turmas por ano, e o plano é criar ofertas conjuntas para, eventualmente, investir nas startups

lampadas representando ideias
Foto: Arte/Startups

A Neoway e a B3 estão colocando no ar um programa de relacionamento com startups. Antecipado em 1ª mão ao Startups, o Smart, como foi batizado, tem como objetivo encontrar companhias que ajudem a Neoway a ampliar sua oferta de produtos.

De acordo com Guilherme Mendonça, vice-presidente de parcerias estratégicas da Neoway, serão selecionadas duas turmas de startups por ano, que vão receber benefícios como mentorias, acesso a clientes, créditos do Google Cloud, uso de ferramentas da Neoway, acesso a escritórios em São Paulo e Florianópolis, entre outros.

Como um “plus a mais”, a proximidade pode contribuir para deixar a relação mais séria com um investimento ou mesmo uma aquisição por parte da Neoway, da B3, ou do seu fundo de corporate venture capital, o L4 Venture Builder. “Para um CVC, o melhor modelo é fazer negócio quem alguém que está próximo”, diz Pedro Meduna, cofundador do L4. Segundo ele, a ideia é fazer pelo menos 1 investimento em uma companhia que participar das duas primeiras turmas do programa.

Fruto de parcerias

O Smart foi criado com base em um projeto de parcerias que a Neoway já tem em operação há 2 ou 3 anos. Mesmo sendo feito de forma não tão estruturada, a iniciativa rendeu bons frutos. São 4 produtos que foram criados em conjunto com startups como Botmaker, Agrotools e Combate à Fraude (CAF). “Só com a CAF já geramos dezenas de milhões em vendas. Quase dobramos a receita da startup”, conta Guilherme. Segundo ele, com a aquisição da Neoway pela B3, vários desses acordos foram levados para o guarda-chuva do controlador, ampliando o alcance das ofertas.

Com a organização dessa esteira de criação de parcerias – que está inserida em uma estratégia mais ampla da Neoway -, o plano é ter de 3 a 5 companhias participando em cada edição. “Como nunca fizemos nenhuma turma, não sabemos exatamente qual será esse número. Mas não queremos pegar muitas companhias exatamente para podermos estar próximos de cada uma”, diz Guilherme.     

No radar estão companhias que já tenham validado o seu produto e tenham uma base de clientes. Para a 1ª turma, as áreas de fraude, risco e compliance, autos e consórcio e vendas e marketing, que são estratégicas para Neoway e B3, terão preferência. Nos próximos ciclos, temas como crédito, jurimetria, energia e carbono também poderão ser explorados.  

Segundo Guilherme, a ideia não é atuar como uma aceleradora nem como uma incubadora, mas sim como um “potencializadora” de negócios, aproveitando o que Neoway e B3 podem oferecer em termos de estrutura e presença de mercado.

O uso do termo “potencializadora” e o formato do Smart podem parecer familiares para quem atua no mundo das fintechs, bastante semelhantes ao Boostlab, do banco BTG. E isso não é nenhuma coincidência. O programa também foi desenvolvido e será operado pela ACE.     

As inscrições para as startups que queiram participar do Smart estão abertas e podem ser feitas até o dia 25 de outubro pelo site do programa: www.smartpotencializadora.com.br.