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Nova plataforma quer levar programas de fidelidade para o blockchain

Com Roberto Justus como sócio, Bora acaba de assinar contrato com a Caixa Econômica para acoplar seu programa de fidelidade à plataforma

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Pedro Alexandre dos Santos, founder e CEO da Wibx Company | Foto: Divulgação
Pedro Alexandre dos Santos, founder e CEO da Wibx Company | Foto: Divulgação

Muitas pessoas acumulam pontos em programas de fidelidade de cartões de crédito e bancos, mas não sabem como ou onde utilizá-los. Mas e se houvesse uma plataforma onde fosse possível não apenas fazer a gestão dos pontos de diferentes programas, como usá-los para ter acesso a experiências? Essa é a ideia por trás da Bora, uma joint venture entre a startup de marketing de recompensas Minu.co e a Wibx, ecossistema de soluções em blockchain.

Lançada nesta quarta-feira (03), a Bora acaba de assinar contrato com a Caixa Econômica Federal para acoplar seu programa de fidelidade ao sistema, que já nasce com parcerias com 30 empresas clientes da Minu.

No conselho da empresa estão nomes como Roberto Justus – que também é sócio da plataforma –, Caio Mesquita (BTG Empiricus), Eduardo Terra (SBVC), Guga Stocco, Felipe Prata (Nest Investiment), Walter Longo (Upper Education), Walter Sabini Jr. (Hi Partners), Cristiano Melles (Pobre Juan) e Thiago Dias (Mastercard).

Desenvolvida em modelo white label, a plataforma pode ser utilizada por qualquer programa de fidelidade do país. A Bora usa tecnologia blockchain para tokenizar os pontos obtidos nesses programas, que são convertidos em uma espécie de moeda digital – ou um token de utilidade.

“A maioria das pessoas tem pontos, mas não consegue enxergar valor naquilo. Ou vê valor apenas no uso para passagens aéreas, ou às vezes troca por uma batedeira. A gente vai colocar uma camada emocional. Temos vários clubes, como música, games, e a pessoa vai poder trocar esses pontos por um show ou uma experiência diferente com o artista, coisas que o dinheiro não compra”, explica Pedro Alexandre dos Santos, founder e CEO da Wibx Company.

Além dos pontos obtidos da forma tradicional, junto aos programas, a plataforma vai incorporar o conceito de marketing de recompensas, oferecendo tokens para os usuários que interagirem com as marcas.

“O usuário entra gratuitamente, interage e ganha tokens. A partir daí, ele pode adquirir produtos, experiências ou mesmo realizar um pix transformando seus pontos em reais”, acrescenta o CEO da Wibx. “É a tokenização da atenção das pessoas”.

Segundo o executivo, esse é o primeiro caso de uso, a nível global, de blockchain na economia real. O objetivo, segundo ele, é abstrair a complexidade da web3 e permitir que as pessoas usem a tecnologia sem necessariamente ter que entender sobre a infraestrutura blockchain que existe por trás.

Com tecnologia proprietária, a plataforma pretende movimentar R$ 15 bilhões em 5 anos. A expectativa é que, em um ano, a Bora realize mais de 900 milhões de transações.