O Nubank continua divulgando números para reforçar sua presença no mercado brasileiro e latino-americano. Depois de encher a bola de produtos como o Nubank Cripto e suas “caixinhas”, o neobanco agora está comemorando a marca de 70 milhões de clientes nos três países em que tem presença: Brasil, Colômbia e México.
O Brasil segue sendo o maior mercado da fintech, com 66,4 milhões de usuários, enquanto o México vem (bem) atrás com 3,2 milhões e a Nu Colômbia marca presença com modestos 400 mil clientes. Com seus mais de 66 milhões de clientes, o banco figura como a quinta maior instituição financeira do Brasil em número de clientes.
Contudo, algumas coisas devem ser observadas. Apesar do número ser expressivo, ele pode não representar toda a base de usuários realmente ativa na plataforma do neobanco. Segundo informações divulgadas no último relatório trimestral do Nubank, a empresa conta com cerca de 46,4 milhões de clientes ativos mensais. É menos que o total de usuários contabilizados, mas é bem acima de outros concorrentes digitais, como PicPay (13,890 milhões); Mercado Pago (13,371 milhões); Inter (11,930 milhões); e PagBank (10,216 milhões).
Para David Vélez, fundador e CEO do Nubank, os números mostram o crescimento acelerado da marca. “O Nubank é um projeto para as próximas décadas e seguimos firmes em nosso propósito de libertar todas as pessoas de qualquer complexidade em serviços financeiros no Brasil, México e Colômbia”, afirma o CEO.
Mitigando o risco
Com suas ações em franca queda durante praticamente o ano todo, depois que abriu seu capital no fim de 2021, o Nubank tenta minimizar seu perfil de risco através de relatórios ajustados e números “animadores”.
Para suavizar a queda, a empresa vem “cantando o sucesso” de algumas de suas iniciativas junto aos clientes, como a adoção massiva do Nubank Cripto, serviço de compra e venda de criptomoedas que passou da marca 1 milhão de clientes investindo em moedas digitais.
Outro produto que a empresa “encheu a bola” foram as caixinhas de investimento, que foram liberadas para a base geral de clientes, e saltou de de 500 mil para 2,25 milhões de caixinhas criadas.
Contudo, olhando para a bolsa, parece que isso não fez muita diferença. De janeiro até agora, a emprsa viu suas ações caírem de mais de R$ 10 por papel para cerca de R$ 4,17 na B3. A queda fez o banco tomar atitudes drásticas nas últimas semanas, anunciando um plano de deixar de ser listada como companhia de capital aberto na B3, e mantém o status apenas na bolsa de Nova Iorque (NYSE).
O projeto foi divulgado este mês ao mercado e terá início após as aprovações da CVM e da B3. Com a mudança, os BDRs da empresa continuarão disponíveis para negociação no mercado de ações brasileiro e seguem representando um sexto de uma ação Nu listada nos EUA.