O Nubank fechou a compra da Easynvest, corretora com 1,5 milhão de clientes e entrou de vez no mercado de investimentos. O neobank já oferecia uma conta remunerada a seus clientes. A operação, que não teve o valor revelado, precisa ser aprovada pelo Banco Central e pelo CADE.
Por conta desse processo, nada muda para os clientes das duas plataformas por enquanto. As empresas permanecem operando normalmente e de maneira independente. Um grupo de trabalho será formado para planejar os próximos passos de integração dos serviços, a ser iniciada após aprovação do negócio.
Essa é a terceira aquisição feita pela companhia. As outras duas foram as empresas de desenvolvimento de software Plataformatec e a Cognitect – uma forma de reduzir custos porque a fintech dependia muito delas, apurou o Startups.
“O mercado de investimentos no Brasil ainda é muito complexo, com produtos caros e muitas distorções. Quanto menos favorecido o cliente, piores são as opções de investimentos. Vamos solucionar isso, replicando o modelo Nubank de levar simplicidade e eficiência para as pessoas, usando tecnologia e difundindo o nosso valor de foco total no cliente. E encontramos na Easynvest um parceiro que compartilha dos mesmos valores e do propósito de democratizar o acesso aos serviços financeiros”, disse David Vélez, fundador e CEO do Nubank, em comunicado.
Em junho a Easyinvest havia contratado o banco JP Morgan para buscar um novo investidor. Na mesma época, o Nubank fechou uma nova rodada de investimento de US$ 300 milhões com atuais sócios, como Kaszek e Ribbit Capital.
A compra da corretora acontece no momento em que os investimentos pessoais entram no radar por conta da queda nos juros e a busca por opções alternativas para ganhar dinheiro.
Em julho o Neon comprou a Migliano. Mês passado a Avenue arrematou a Coin. A Magnetis também criou sua própria corretora e plataformas como Olivia e Grão já tinham captação para acelerar seus investimentos.
O número de investidores pessoa física no país aumentou 76% entre dezembro do ano passado e agosto deste ano e está quase em 3 milhões, segundo dados da própria B3. Além disso, estimativas do setor apontam que o volume de ativo sob custódia pode passar de R$ 3 trilhões em 2020 para mais de R$ 5 trilhões em 2025. A maior parte desse volume deve vir de serviços digitais.