ATUALIZADA em 16/08 ÀS 17h13
Surpresinha no fim do dia! O Nubank acaba de anunciar um novo modelo operacional de gestão. Segundo nota do neobanco, o redesenho da estrutura de sua administração vai apoiar a implementação de um sistema organizacional que ampliará o foco no cliente, a escalabilidade de produtos e serviços e a eficiência de sua plataforma.
À frente da organização, David Vélez continuará a orientar e manter a supervisão da gestão operacional, da liderança, cultura e reputação da companhia. Além disso, David priorizará a estratégia de longo prazo, incluindo o desenvolvimento de produtos, a expansão para novos mercados e novas aquisições.
Reportando-se diretamente a ele, Youssef Lahrech, atual diretor de operações, acumulará também a posição como presidente. O executivo administrará diretamente a operação, orçamento e o desempenho das métricas-chave para os produtos globais, as plataformas globais, as operações de mercado e as funções corporativas.
Cristina Junqueira, co-fundadora e CEO do Nubank no Brasil, também não ficou de fora das mudanças. Ela assume a posição de diretora de crescimento, gerenciando as operações da equipe de mercado e as estratégias de crescimento com foco no cliente no Brasil, México e Colômbia.
“Desde nossa fundação, em 2013, deixamos de ser uma empresa mono-produto de cartões de crédito no Brasil para ser uma plataforma de serviços financeiros multiprodutos e multi geográfica. Esse crescimento cria desafios organizacionais significativos, e o momento é propício para repensarmos nosso modelo de gestão e nos organizarmos para a próxima década de crescimento”, disse David Vélez, no comunicado.
A fatia da SoftBank
Uma versão anterior deste texto informava que a SoftBank tinha ampliado sua fatia no Nubank. O grupo japonês procurou o Startups para informar que não era isso. A fatia no neobanco brasileiro continua a mesma desde o aporte feito no processo de IPO do roxinho, em 2021.
A confusão foi causada pela publicação do formulário 13F, feita ontem pela SoftBank. O documento, que mostra o tamanho das participações de companhias listadas nos EUA em outras empresas, trouxe a informação de uma participação de 22 milhões de ações de classe A, ou ordinárias, na Nu Holdings – que é a entidade que é dona de tudo o que o Nubank faz.
O número nunca tinha sido revelado, mas continua sendo o mesmo desde o investimento feito em 2021. O valor declarado das ações é de US$ 82,3 milhões – cerca de US$ 4,11 por ação. Hoje, o papel do Nubank vale US$ 5,52. Um bom resultado mesmo com a queda acumulada nos últimos meses. Um alento para o amargor do prejuízo gigante obtido no último trimestre fiscal.
Ontem o Nubank divulgou seu resultado no 2º trimestre. Há alguns dias, a companhia anunciou mudanças na remuneração de sua conta – fazendo a NuConta virar quase uma poupança – e que Anitta tinha deixado seu Conselho para virar embaixadora global da marca.