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Os brutos também amam

os brutos startups
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Como o ano só acaba quando termina, três grandes nomes do mercado financeiro nacional deixaram para a última semana completa do ano alguns anúncios.

Uma semana depois de seu controlado, o banco BV comprar a empresa de empréstimos Just, que era do GuiaBolso, como você viu nesse post, o Banco do Brasil anunciou um acordo com o site de comparação de empréstimos Bom Pra Crédito – que em setembro recebeu um aporte de R$ 35 milhões em uma rodada liderada pelo Grupo Globo. Com isso, suas linhas de crédito vão aparecer no site junto com ofertas de mais de 30 outras instituições.

Em meio ao enxugamento do programa Financiamento Estudantil (FIES), do Governo Federal, o Itaú ampliou a participação que já tinha na PRAVALER, uma fintech de crédito para estudantes. A instituição passou de cerca de 9% para 37,9% com a compra de fatias de um fundo gerido pela Victoria Capital Partners e pelo International Finance Corporation (IFC), braço de investimentos do Banco Mundial. O valor do negócio não foi revelado, mas avaliou a companhia em R$ 1 bilhão. Ribbit CaptialEOS Investimentos, os fundadores e outros investidores se mantiveram como sócios, Com 18 anos de atuação, a PRAVALER financiou R$ 3 bilhões em créditos e pretende chegar a R$ R$ 10 bilhões em 2025.

Já a Cielo, líder do mercado de maquininhas de cartão de crédito, que pertence ao Bradesco e ao Banco do Brasil, anunciou que vai receber pagamentos de compras em bitcoins por meio de um acordo com a Bitfy – os varejistas continuarão a receber por suas vendas em reais.

Os bancos brasileiros abraçaram rápido a postura de fomento ao ecossistema de startups e todo jargão e comportamento desse universo. As grandes instituições também foram hábeis em incorporar novidades trazidas pelas novatas, especialmente em termos de usabilidade. “No que tange” as ofertas de produtos e serviços, no entanto, esses dois mundos ainda caminhavam bem distantes. Talvez por já terem feito as medições necessárias do novo terreno, talvez pela aproximação das regras de open banking – a concorrência pesa menos já que ela ainda é bem pequena e restrita a poucos nichos – os grandões começam a dar passos concretos no sentido de colocar novas ofertas na rua.