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Prestes a completar 10 anos, Resultados Digitais muda de nome e vai fechar 2020 em break even

RD Station

A Resultados Digitais anuncia hoje que vai assumir o nome de seu principal produto como marca corporativa e passa a se chamar RD Station.

A mudança faz um alinhamento das marcas da companhia, que já vinha se chamando de RD e usando o nome de seu produto no processo de expansão internacional. A nova marca chega às vésperas de seu aniversário de 10 anos de fundação, em janeiro.

O rebranding enxuga o cardápio de marcas que a companhia construiu ao longo dessa história. “Chegamos a ter 70 marcas e logos em 2018. Era uma loucura”, conta Bernardo Brandão, vice-presidente de marketing da RD Station. No novo formato, são 11 marcas e submarcas, como o RD Hostel, evento on-line que acontece entre hoje e quinta-feira (dia 3).

O nome original não deixará de ser usado, no entanto.  passa a batizar as iniciativas de conteúdo e educação da companhia, como o blog e a plataforma de cursos RD University.

O processo de mudança de marca levou dois anos para ser concluído e foi feito com apoio da consultoria Future Brands. De acordo com Brandão, a ideia de usar o nome do produto como nome da empresa veio para reforçar seu posicionamento como empresa de tecnologia.

Resultados Digitais

A RD tem atualmente 650 funcionários e seu produto é usado por 25 mil clientes em mais de 20 países. No México e na Colômbia, onde ela abriu escritórios há dois anos, são 600 clientes. A companhia não revela sua receita, mas a estimativa é que o total esteja na faixa de R$ 225 milhões por ano. As vendas acontecem em grande parte por meio de agências de marketing digital que atuam como canais da companhia. A rede conta atualmente com 2 mil empresas. Segundo Brandão, de 60% a 70% do ganho de clientes da RD Station acontece de forma orgânica.

2020 e adiante

De acordo com Brandão, o 2º trimestre foi desafiador e o 3º trimestre veio forte. Tendência que se mantém na última parte do ano. Segundo ele, o resultado de 2020 deve ficar um pouco abaixo das previsões feitas antes da pandemia, mas acima do que foi projetado no olho do furacão. “Continuamos crescendo no Brasil com mais eficiência”, diz. Com a revisão de investimentos que estavam previstos para o ano – que incluiu o congelamento de contrações e a não reposição de cerca de 50 profissionais que deixaram a companhia -, a RD Station fechará 2020 em break even e sem gastar recursos do aporte de R$ 200 milhões recebido em agosto de 2019. “Eles serão usados para o desenvolvimento de produtos”, afirma Brandão.

Na frente da expansão regional, os focos são a consolidação das operações no México e na Colômbia, sem adição de novos países. “Estamos em prova de modelo por lá. Testando a aderência do mercado ao playbook que foi criado no Brasil [se estabelecer como uma autoridade, uma referência em conteúdo sobre marketing digital] porque o nível de maturidade do mercado ainda está atrás do que é hoje por aqui. Então é preciso esse passo”, diz Brandão.

Até outubro os esforços vinham sendo tocados pelo colombiano Helmuth Cepeda. Com a ida dele para a AWS, a RD está em busca de uma pessoa que deve se juntar ao time em janeiro.