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Loft atinge breakeven e se torna lucrativa com recorde entre unicórnios latinos

Companhia fundada em 2018 registrou aumento de 30% na receita no 4º trimestre de 2023

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Foto: Reprodução Loft

A Loft está fechando o ano com uma notícia para animar os ânimos de sua equipe e investidores. Após um período de reajustes internos, incluindo o enxugamento de 1,2 mil pessoas em cerca de um ano, a proptech acaba de anunciar que atingiu o breakeven e passou a ser lucrativa.

A conquista chega em tempo recorde entre os unicórnios brasileiros – aquelas startups avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão. A Loft foi fundada em 2018 e, portanto, atingiu o marco em apenas cinco anos. Segundo a companhia, no 4º trimestre de 2023 ela registrou um aumento de 30% nas receitas em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Um movimento importante nesse processo foi a redução de custos, com corte expressivo de equipe. Os cortes começaram em abril de 2022 até o mais recente desligamento em massa em março de 2023, quando a Loft afirmou estar focada em “adequar custos e despesas do Grupo num contexto econômico local e global mais desafiador para as empresas de tech do que poderia ter sido previsto”. Na época, ela também disse estar “fortalecida no seu caminho de crescimento com sustentabilidade”, já com a expectativa de atingir o breakeven operacional até o fim do ano.

“Em 2023 direcionamos nossos esforços em acelerar o negócio das imobiliárias, pois acreditamos no modelo de negócios ganha-ganha, onde nossos parceiros crescem junto com a gente”, afirmou a Loft em um post feito no LinkedIn nesta sexta-feira (8). A companhia diz estar focada em construir o maior ecossistema imobiliário da América Latina.

De olho no B2B

Nesse processo, a proptech deixou a compra, reforma e revenda de imóveis – que eram o foco nos primeiros anos – um pouco mais de lado, e trouxe o marketplace de serviços para imobiliárias parceiras para o centro dos negócios. Na prática, a companhia adotou um modelo mais B2B, alavancando o ecossistema das imobiliárias após já ter se consolidado entre os consumidores finais.

Em agosto, o cofundador Mate Pencz disse ainda não ter nada concreto sobre o IPO, além do fato de que a abertura de capital da Loft sempre ter estado na mira da companhia. “Com esse inverno nos últimos dois anos, era impossível falar ou pensar nisso, mas sempre esteve nos planos. Para isso precisamos de uma companhia sólida e o efeito colateral positivo desses últimos dois anos é que nos aproximou do potencial horizonte de listagem”, disse, em entrevista ao Pipeline.

Um ponto curioso é que na última semana, em meio à jornada em busca de eficiência de caixa, a Loft anunciou o seu primeiro programa de estágio. A companhia abriu 10 vagas para as cidades de São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba, em busca de estudantes nas áreas de tecnologia, marketing, finanças, vendas e recursos humanos. No LinkedIn, a companhia também informa ter vagas em aberto para profissionais que atuem como analista de marketing, assistente comercial, coordenador de customer success, entre outros.