A RankMyApp, startup brasileira de inteligência de marketing e aquisição de clientes para apps, é a mais recente empresa a realizar uma onda de demissões para ajustar sua estratégia no começo de 2023. Mais de 30 colaboradores foram desligados, em um esforço da empresa para reduzir seus custos internos.
As demissões foram confirmadas pela companhia em nota enviada com exclusividade ao Startups – mas a startup não deu detalhes sobre o número de colaboradores dispensados. Uma lista colaborativa já está circulando nas redes sociais, apontando 32 pessoas desligadas em áreas como desenvolvimento, design de produto, ciência de dados, entre outras.
A RankMyApp também não abriu informações sobre seu quadro total de funcionários, mas segundo informações divulgadas no LinkedIn, são cerca de 250 colaboradores. Ou seja, a demissão em massa representaria algo em torno de 13% do quadro de colaboradores.
Segundo destacou em comunicado o fundador e CEO da RankMyApp, Leo Scalise, os cortes foram necessários para a companhia atingir o breakeven, e fazem parte da estratégia traçada pela marca neste começo de ano, que é a de reduzir custos em 10%.
“A RankMyApp esclarece que teve um crescimento de 35% em sua receita nos últimos 12 meses, enquanto os custos apresentaram uma alta de 50% no mesmo período – fato que colocou a empresa no prejuízo em 2022″, explica o CEO, com uma transparência que não se vê em muitos comunicados desta natureza. “Todos nós fizemos o possível para evitar reduções, mas, dado que o mercado de investimentos não está no melhor momento, foi preciso tomar essa decisão”.
Startup camelo?
O corte na RankMyApp veio cerca de seis meses depois de a startup soltar no mercado uma nota se colocando como uma “startup camelo”, capaz de sobreviver às interpéries do mercado por não ter um modelo crescimento agressivo, e se colocando na contramão das demissões do cenário “startupeiro”. Na época, a empresa destacou que tinha contratado cerca de 200 colaboradores entre 2020 e 2022, triplicando de tamanho.
Agora falando sobre as demissões, Leonardo reforçou a sua visão da RankMyApp como uma startup camelo, apesar das demissões. “O que nos diferencia e nos coloca como ‘startup camelo’ é justamente nossa capacidade de atingir o breakeven e não depender de investimento externo”, afirma.
Fundada no Brasil, mas já atendendo clientes no mercado internacional, hoje a RankMyApp atende cerca de 600 clientes em 17 países, contando com nomes como Itaú, Didi, Magazine Luiza e Vivo na sua carteira.