A Remessa Online, fintech de soluções de pagamento e transferências internacionais de dinheiro, também precisou fazer ajuste em seu quadro, demitindo 70 pessoas. Segundo dados na página da companhia no Linkedin, atualmente são 350 funcionários. Ou seja, os cortes equivalem a cerca de 20% do quadro total.
Segundo apurou a reportagem do Startups junto a alguns dos funcionários dispensados, as demissões foram realizadas via call com os times. Uma planilha com parte dos profissionais afetados no passaralho já circula na internet, e tem cerca de 50 nomes. Segundo aponta a planilha, os cortes afetaram áreas diversas, tais como TI, comercial, design e comunicação.
Procurada pelo Startups, a Remessa Online confirmou os cortes e disse que as 70 pessoas desligadas vão receber um pacote de benefícios que inclui apoio para recolocação profissional. “Agradecemos todo o empenho e contribuição durante nossa caminhada até aqui”, afirmou a empresa em nota enviada ao Startups.
Sobre as explicações para a onda de cortes, as fontes destacaram que um dos motivos é a recente aquisição da Remessa Online pelo Ebanx, o que demandaria mudanças estruturais nos times e um redesenho da política comercial e de produtos na companhia.
“Como reflexo do nosso crescimento, da criação de novas verticais, e da adaptação às condições macroeconômicas atuais, implementamos uma reorganização da companhia: estamos adotando uma estrutura baseada em unidades de negócio, e fizemos uma redução no nosso quadro de funcionários”, afirmou a Remessa em nota enviada à reportagem.
Vale lembrar que o próprio Ebanx teve o seu passaralho este ano. Em junho a companhia cortou 20% de seu quadro, o que equivale a cerca de 340 pessoas de um total de mais de 1,7 mil.
Outro ponto revelado por uma das fontes é que a Remessa já vinha enfrentando algumas dificuldades internas de bater suas metas comerciais – inclusive, para 2022, a expectativa era de que a empresa não conseguiria batê-la. O cenário competitivo das transferências internacionais se acentuou nos últimos tempos com novas companhias como Trace Finance e Kamino passando a oferecer esses serviços. A Nomad comprou a Husky há duas semanas, e a Wise reforçou sua operação no país ao conseguir uma licença própria para operações de câmbio.