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Rio desbanca São Paulo e garante Web Summit até 2030

Em sua terceira edição no Rio de Janeiro, o Web Summit 2025 espera gerar mais de R$ 170 milhões em impacto econômico para a cidade

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Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, durante a abertura do Web Summit Rio 2025
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, durante a abertura do Web Summit Rio 2025 | Foto: Ramsey Cardy/Web Summit

A Prefeitura do Rio de Janeiro e o Web Summit anunciaram a prorrogação do contrato por mais cinco anos, garantindo a continuidade do evento na cidade até 2030. Anfitriã desde 2023, a capital fluminense teria disputado o posto de sede do maior evento de inovação da América Latina com São Paulo, segundo apurou o Startups.

Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (28), o vice-prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere, o valor investido pela prefeitura no evento será “praticamente o mesmo” dos anos anteriores. Nos bastidores, porém, o que se diz é que o Rio teria ganhado de São Paulo por oferecer um contrato mais longo, de cinco anos, em vez de três, como foi estabelecido da última vez, além de uma correção dos valores.

Em sua terceira edição no Rio de Janeiro, o Web Summit Rio 2025 espera gerar mais de R$ 170 milhões em impacto econômico para a cidade. A projeção é de que o público ultrapasse os 34 mil participantes, patamar registrado no ano passado.

Mas a briga para manter o evento na cidade vai além do impacto econômico direto gerado durante esses três dias. Durante a abertura do Web Summit Rio 2025, neste domingo (27), o prefeito Eduardo Paes também lançou oficialmente o projeto “Rio AI City”, que quer transformar a capital fluminense em um hub de data centers.

Segundo o prefeito, a ideia é que este seja o maior hub de data center da América Latina e um dos maiores do mundo. O projeto está sendo pensado para a região do Parque Olímpico, na Zona Oeste, com a construção de um campus de inteligência artificial, com capacidade inicial de 1,8 gigawatts até 2027 e expansão para 3 gigawatts até 2032.

Reeleito no ao passado para o seu quarto mandato, Eduardo Paes tem buscado consolidar a cidade como um polo de tecnologia, o que começou com o lançamento do Porto Maravalley, na região portuária. O projeto inclui o Impa Tech, curso de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que tem como objetivo fornecer mão de obra qualificada para esse setor.

“Este novo acordo é mais uma prova de que estamos no caminho certo para nos tornarmos a
capital da inovação da América Latina. O evento nos conecta com empresas globais,
talentos de ponta e investidores para discutir o futuro do setor. Além de diversos
projetos de grande porte relacionados a essa área, temos uma vocação natural para sediar os
maiores eventos do mundo, e temos orgulho de garantir a realização do Web Summit no Rio até 2030″, disse o prefeito.

O apetite por inovação e tecnologia passa também pelo vice-prefeito Eduardo Cavaliere, que foi um dos fundadores da startup Gabriel, que usa câmeras de segurança e inteligência artificial para atuar na segurança pública. Segundo Cavaliere, sua participação na empresa foi vendida em meados de 2019 e 2020.

“Eu sempre tive a visão de que o Rio de Janeiro é o lugar ideal para buscar soluções novas. E o Rio é a cidade onde o Brasil se conecta com o mundo”, destacou ele, acrescentando que a ideia é que os projetos que estão sendo desenvolvidos pela prefeitura se sustentem para além da gestão de Paes. “Nosso esforço e iniciativas são mais que decisões de governo, são um esforço da sociedade”, apontou.